Agora que a poeira está abaixo do nível dos olhos e que o saturno abranda o ritmo, gostava de agradecer a deus por me deixar ver tantas coisas em todos os sítios que vou. Vejo, à minha volta, muito amor e muita fé; muita graça e compreensão. Os 28 anos ensinaram-me muito sobre desafios e sobre ganhos e sobre projetos que, mesmo aparentemente falhados, são passagens para algo melhor. São rodas da fortuna que espalham tudo o que plantamos. A Mafalda e a Maria Luísa são o início e o final de tudo isto, com tudo o que acrescentam e cujas palavras são tímidas no significado.
A minha compreensão e lucidez perceberam muitas coisas mesmo quando a luz estava fraca. E nesses momentos, chegou um sopro que fez a ignição vital e eu aprendi a ver o vento que Jesus disse a Nicodemos existir. O saturno tem dezanove anéis e nove luas que o protegem e lhe dão sentido. Os meus números são outros e, felizmente, tomo-lhes as contas pelos dedos das mãos. Muito perto e ao alcance das sortes de um brinde, um abraço ou um beijo.
Obrigado, sobretudo ao saturno, porque me deixou sobreviver, e ao vento de Deus para Nicodemos, por me fazer sentir e ver o que, muitas vezes, os olhos não sentem.
Texto de 16 de dezembro de 2018.
Luís Gonçalves Ferreira
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