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Imagens: Fredericco Zucari, Margarida de Sabóia, duquesa de Mântua, c. 1605, em linha https://pt.wikipedia.org/…/Ficheiro:Margherita_of_Savoy_duc…; e Balenciaga, Double Sleeve Shirt in white and black checked stretch cotton flannel, coleção 2020, em linha https://www.balenciaga.com/pt/shirts_cod38866742ju.html…. Colagem: Luís Gonçalves Ferreira


O que nos afasta e aproxima de seiscentos?
As mangas perdidas. Ontem como hoje, mas com géneros, raças e materialidades diferentes. Ontem, mulheres estáticas em pedestais da razão; hoje, homens negros com brincos; sobre as periferias, a competição, o poder do luxo, a cultura material, a moda e o "estado do presente" que sempre significa. E, claro, imagem sobre a classificação social/cultural dos géneros e a fluidez do binário sexual. A indumentária situa o ser humano.

Luís Gonçalves Ferreira
Escrito em 21 de novembro de 2019

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Que gelado seriam?

Se fossem um gelado da Olá qual seriam? Porquê? Eu seria um Swirl de Chocolate: intenso, múltiplo, Yin e Yang das sensações. Eu sou assim: entre a diversidade e a unidade, entre a simplicidade e a complexidade. Divirtam-se! Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira PS.: Como repararam, podem optar por outros gelados que não os do catálogo mostrado. Tem é que ser Olá e não valem os "porque sim" como resposta.

Por detrás da nova imagem deste canto

 We must crown our heroes A lógica iluminista, inteligente, simbólica e imperial do Terreiro do Paço sempre me encantou. Significa a profundidade que as peças de arte (de qualquer género) devem conter: um pedaço de História. Estar ali, no meio, virado para o Tejo é um transporte no tempo. Espelha um malogrado destino de um país que, outrora potência, reconstruiu, por infortúnio do tempo, um pedaço medieval, transformou-o em algo novo e apresentou-o ao Mundo. É como se, ali, num pedaço de chão, estivesse a réstia triste de um Império e o movimento hostil de um país que cresceu, ano após ano, século após século, de uma forma atabalhoada, confusa, mas sempre com uma imagem exterior límpida, renovada. Foi isso que guiou Dom João V, Dom José e o seu Marquês, a I República e a sua incursão na Guerra, Salazar e a sua exposição em 1940, a Expo 98', o Europeu de Futebol e que guia o TGV. São imagens que nos guiam como povo. Não interessa se se morre de fome para além de Lisboa. Não importa

Suor de que rosto?

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