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A mostrar mensagens de abril, 2012

Amor 'ad aeternum'

Eu perdi a minha avó com 60 e achei que é-se cedo de mais. É-se sempre cedo de mais. Mesmo nas coisas básicas que terminam, todos os dias. É-se assim especialmente quando a pessoa te ensina imensas coisas, a todos os segundos. Mas perceber que esse legado do ensinamento não termina ali, com a morte do corpo, deixa-te confortável e faz-te habituar ao reajuste dos espaços que a dimensão das memórias precisa. Nunca passa. Pelos menos não passou até agora.  Sinto imensa falta dela, todos os dias. Do cheiro, do toque, dos passeios, e menos-grave relação física que tínhamos. Não me lembro de ser muito físico, pelo menos nos afectos. Aprendi a ler olhares, a interpretar carícias, mesmo que vinda como farpas, na primeira impressão do ego. Crescer sem alguém faz-te saber que as pessoas te fazem falta: do familiar ao amigo que desapareceu. Percebes particularmente isso: que nada desaparece. Acho que preciso mais dela nas alegrias, quando quero mostrar "Eu consegui!" e dar a