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Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2009

Entre estes dias

http://mcfranca.deviantart.com/art/pensamento-44484819 "[...] É sabido que comboios completos de pensamento atravessam instantaneamente as nossas cabeças, na forma de certos sentimentos, sem tradução para a linguagem humana, menos ainda para uma linguagem literária [...] porque muitos dos nossos sentimentos, quando traduzidos numa linguagem simples, parecem completamente sem sentido. Essa é a razão pela qual eles nunca chegam a entrar no mundo, mas toda a gente os tem[...]." Dostoievski http://fc07.deviantart.com/fs19/i/2007/235/c/5/friends_by_nunoramos0.jpg "Um dia a maioria de nós irá separar-se… Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos. Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim… do companheirismo vivido. Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho tanta certeza d

Dinheiro público em Portugal

Ontem recebi um e-mail com informação do portal "Transparência na Administração Pública" , relativo aos gastos dos dinheiros públicos. Quando cheguei ao final da leitura encontrei-me entre um estado de gargalhada compulsiva e irritação profunda. No fundo esta é a confirmação pública (ou um exercício prático de suposição dos meandros destes gastos) do que por aqui se faz. Seria engraçado lançarem um portal com as árvores geneológicas dos autarcas portugueses. Com certeza conseguiriamos perceber de quem são as empresas de venda de papel higiénico, de vinhos branco e tinto, dos GPS, do material informático... Passo a transcrever partes do e-mail: "Desajustes Directos em Portugal" [...] Graças ao portal da transparência, podemos ver finalmente onde e como esse dinheiro é gasto. Agora, expliquem-me, porque eu devo estar a ver mal, como é que se justifica: 1) gastar mais de 10.000,00 euros num GPS para um instituto público como o ISEP - quando nos dizem que não há dinh

«Há palavras que nos beijam»

http://kefirux.deviantart.com/art/words-45708578 "Há palavras que nos beijam Como se tivessem boca. Palavras de amor, de esperança, De imenso amor, de esperança louca. Palavras nuas que beijas Quando a noite perde o rosto; Palavras que se recusam Aos muros do teu desgosto. De repente coloridas Entre palavras sem cor, Esperadas inesperadas Como a poesia ou o amor. (O nome de quem se ama Letra a letra revelado No mármore distraído No papel abandonado) Palavras que nos transportam Aonde a noite é mais forte, Ao silêncio dos amantes Abraçados contra a morte." Alexandre O'neill As palavras e o seu eterno sabor a mel, a estuque, a tulipas e uvas francesas. As palavras são múltiplas, íntimas, reveladoras, livrescas e canton

Fugacidade

http://koleman.deviantart.com/art/time-45364888 Hoje constato como o tempo anda a correr. Estamos quase em Março e um quinhão de objectivos e sonhos estão por realizar. Parece que a Universidade se iniciou anteontem, que conheci novas pessoas há pouquíssimo tempo, mas afinal já passei por tanta coisa desde então. O tempo voa, suavemente, como a asa-delta no cimo do céu. Os espaços multiplicam-se, mas pouco deles me resta. Começo a achar normal a distância e as substituições naturais da vida. Começo a perceber que tudo na vida deve ser saboreado "sem tempo para manteiga nos dentes". Estamos quase em Março... Luís Gonçalves Ferreira

Carnavalizando

http://kochamkoko.deviantart.com/art/masc-56158066 Depus a máscara e vi-me ao espelho. — Era a criança de há quantos anos. Não tinha mudado nada... É essa a vantagem de saber tirar a máscara. É-se sempre a criança, O passado que foi A criança. Depus a máscara, e tornei a pô-la. Assim é melhor, Assim sem a máscara. E volto à personalidade como a um términus de linha. Álvaro de Campos, in "Poemas" O Carnaval e as máscaras. O primeiro abusa das segundas. As segundas deixam-se abusar por aqueles que algo querem tapar. A identidade permanece, momentaneamente, oculta por debaixo de algo que envergonha os traços, o rosto e as marcas íntimas (mas visíveis) de uma qualquer personalidade circunscrita a um público diminuto. Não gosto de "Carnaval", porque não me revejo neste espírito de parvalheira generalizada. Não me revejo num Carnaval trespassado a papel vegetal de uma nação irmã qualquer. Gosto do Carnaval sinónimo de alegria, felicidade e vontade

César Mourão e a sua "D. Alzira"

Programa "Fátima"/SIC D. Alzira de César Mourão César Mourão e os seus múltiplos personagens no programa "Fátima". Não gosto de todas as figuras que cria (acho-as, muitas das vezes, repetitivas), mas existem duas que me provocam gargalhadas: D. Alzira (a empregada da limpeza que aspira a apresentadora, rivalizando com Fátima Lopes e sendo portadora de feitiozinho de admirar) e a Mãe do Super-Homem (mexe e remexe nas mamas, convive com os desenhos animados todos da Marvel e dá uns gritos engraçados). Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira P.S.: A descansar finalmente! De seguida vou ver o mui aclamado "Slumdog Millionaire" (nem entro em aportuguesamentos do títulos, porque a crítica ainda não se decidiu por nenhum dos possíveis, já o vi de tantas formas), depois exporei convenientemente a minha opinião.

Herman Sic - Iraque O.N.A.

Herman Sic Iraque O.N.A. - Maria Rueff Maria Rueff é o meu ídolo do humor. Herman José e Maria Rueff fazem das melhores duplas do humor português. São história e fazem estórias incríveis. Do melhor! E é só cheirinho do que se pode encontrar no meu estimado You Tube . Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira

A forca

ideia original de: http://budrush.files.wordpress.com/2007/01/forca.jpg Venho por este meio informar, todos os leitores deste blogue, que o seu autor se enforcou, hoje, dia 18 de Fevereiro, entre as 14:30 e as 15:30, com uma corda chamada "Filosofia Política". Como correu mal, minha santinha dos caroços! Mas, enfim, é a vida de estudante. Para o ano, no primeiro semestre, há mais. Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira

Entre o passado e o presente - Venezuela

Hugo Chávez, Março de 2007 Foi a este Presidente que os Venezuelanos deram o gostinho de implementar uma ditadura nas malhas da democracia. O sistema comporta destas coisas. Já outros o fizeram. Com manipulação das massas, muita pobreza, umas piadinhas sarcásticas, umas ofensas pessoais e um pouco de verdade, se implementam os grandes revezes políticos. Estarei para ver o que emenda constitucional trará para além da questão dos mandatos... A Revolução Bolivariana continua. A quem a acha o paradigma do novo socialismo só apelo para que se arranje uma solução viável rapidamente, porque a mim não me convence. No meio disto tudo, o que eu gosto mais é a paisagem que serve de fundo a Hugo Chávez. Cenário melhor era impossível. E sim, concordo, Bush é mesmo um burro . Mas desse o mundo já se livrou, porque existe limitação de mandatos na democracia plural que ele representou. Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira

Transparência

http://4.bp.blogspot.com/_T6hrrOfHhd4/SNp7AdOSi7I/AAAAAAAAAcQ/OYoiwDiKRpA/s320/A%2Btranspar%C3%AAncia.jpg Hoje fui abraçado por um incrível e nefasto Estado de alma. A tristeza tomou conta deste espírito cansado. Cansado de se sentir diferente de ele próprio, daquilo que já foi. A tendência para a imutabilidade começa a atordoar-me os sentidos. Não me sinto quem eu verdadeiramente pensava ser. Cada vez mais as coisas fogem-me por entre os dedos. Sempre temi que a minha fortaleza, num dia qualquer, fosse abalada por um alguém qualquer, por uma coisa qualquer, que me fizesse uma incrível e insuportável falta. Não me sinto o mesmo nos estudos (não sei onde pára a disposição para se ser bom), nem comigo próprio e sobretudo com os outros. As relações sociais tornam-se complexas e distorcidas, as palavras pecam por já não serem assertivas. Esta tristeza é substancialmente estranha a todas as outras. A dor da saudade, do medo, de ser feliz, de estar triste por não ter algo, não

Um apanhado

Apanhados Porto TVI Parte I Do melhor... Por cá, anda-se a ficar analfabeto funcional. Hoje disseram-me 694 e eu insistia em escrever 6094. Qual foi a desculpa para a fífia? - "Oh desculpe, pensei que me estava a dizer o Código Postal". Sem falar que não tenho estudado nada para o exame de quarta-feira. Tudo em conjunto acaba por aumentar seriamente a probabilidade de um comportamento suicida. Preciso é de ser "reformado pela cabeça" ou meto-me "debaixo do comboio". Se não o conseguir começo a agredir as pessoas com "tacos de beise-basquetebol ou o cara#$%!". Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira

Na Agenda

http://www.diadenamorados.info/wp-content/uploads/2007/05/390062483_23ac980cc2.jpg Hoje, 14 de Fevereiro, é o dia de São Valentim. Dia que se convencionou como o 'dos namorados'. Não sou antropólogo, nem analista de coisa nenhuma, mas acho que deve ter havido aqui uma qualquer confusão por analogia. Está certo que a personificação do amor são os namorados. Aceito e reitero. Mas, este não deveria ser o dia do amor? Amor e pronto. Só o amor - amor de amante, de mãe, de irmão, de amigo, de cão, de vizinho... Seria a ocasião de sairmos todos de casa, trocarmos rosas e anéis, irmos jantar a um lugar bacana , conversar, expressar os sentimentos, e a seguir todos num 'quartinho' (cheio de velas e perfumes especiais) para confraternizar mais qualquer coisinha. A sociedade actual simplica as coisas repartindo tudo por vários dias do ano. Sai bem mais caro mas é mais emocionante. E onde fica o "amo-te" especial, só "porque sim"? Esta agendarização da vida, d

Sexta-feira treze

http://www.swilliamshaw.com/wallpaper/blackcat1600x1200.jpg Neste dia anda tudo maluco. Deve ser por se acumular a sexta-feira treze (com euromilhões à mistura) com a véspera do dias dos namorados. As televisões nem sabem para onde se hão-de virar - ora são corações e champagne, ora são temas que envolvam superstições (patas de coelho, gatos pretos, vidros partidos), ora são apresentadoras que vão para ter gémeos (não resistia a disser isto) e que dão o último riso emocionado (antes do interregno fatal). E eu não vi o programa da Júlia Pinheiro, se não arranjaria aqui umas quinhentas alíneas de coisas estranhas. Eu nem vos sei dizer se sou ou não supersticioso. Sei que: gosto de passar, do ano velho para o ano, no alto de uma cadeira a comer as pestilentas uvas passas; faço questão de entrar com o pé direito em locais que ditarão marcos importantes; jogo na lotaria quando acerto (à primeira) nas pesagens de qualquer coisa, no nome das pessoas e quando digo, ao mesmo tempo que outra,

Desilusão

E quando o tempo acarreta consigo uma imensa desilusão? Palavras que foram ditas, uma coragem da qual me apropriei, uma luta que fiz questão de fazer parte... Tudo, para depois ser densamente destruído por falta de reciprocidade. Sinto que a luta foi em vão, as palavras levou-as o vento e tudo continua na mesma. Sinto tudo tão distante, tão estupidamente despedaçado por umas palavras quaisquer. Sinto-as secas, personificadas nas expressões azedas, como o leite que, em cima da mesa, se estraga por pura falta de zelo. Sinto que a indiferença é propositada. Sinto que é um afastamento necessário para uma das partes. Sinto as coisas como nunca senti antes. Não porque tínhamos uma amizade (na verdadeira acepção da palavra), mas sim pelo que eu dei para que algo crescesse e se transformasse. Tudo, para que um dia me dissessem coisas cruéis, que não merecia ouvir. Existem pessoas que não toleram críticas, que apenas esperam de um amigo aquele que diz coisas banais - o que nós queremos ouvir. A

Life In Technicolor ii - Coldplay

A qualidade da música não me surpreende, pois trata-se de uma das minhas bandas favoritas. O vídeo clip é no mínimo original, num registo qualitativo que surpreende pela positiva. Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira

Sintonização: Grupo Novo Rock

"Há um prenúncio de morte Lá do fundo de onde eu venho Os antigos chamam-lhe relho Novos ricos são má sorte É a pronúncia do Norte Os tontos chamam-lhe torpe Hemisfério fraco outro forte Meio-dia não sejas triste A bússola não sei se existe E o plano talvez aborte Nem guerra, bairro ou corte É a pronúncia do Norte É um prenúncio de morte Corre um rio para o mar Não tenho barqueiro nem hei-de remar Procuro caminho novos para andar Tolheste os ramos onde pousavam Da Geada as pérolas as fontes secaram Corre um rio para o mar E há um prenúncio de morte E as teias que vidram nas janelas esperam um barco parecido com elas Não tenho barqueiro nem hei-de remar Procuro caminhos novos para andar E é a pronúncia do Norte Corre um rio para o mar E as teias que vidram nas janelas esperam um barco parecido com elas Não tenho barqueiro nem hei-de remar Procuro caminhos novos para andar E é a pronúncia do Norte Corre um rio para o mar" Pronúncia do Norte GNR e Isabel Silvestre Esta é a mús

771 vezes depois...

"Sul-coreana já chumbou no exame de código 771 vezes " "Uma senhora sul-coreana de 68 anos já falhou o exame de código 711 vezes desde Abril de 2005. A última vez foi segunda-feira, mas a idosa não desiste e os responsáveis do centro de exames prometem organizar uma festa quando a aluna for aprovada . A história é revelada pelo Korea Times , jornal sul-coreano de língua inglesa, que dá conta dos sucessivos falhanços da senhora Cha, de 68 anos. Esta segunda-feira, a aluna chumbou o exame de código pela 711ª vez, não atingindo o mínimo de 60 perguntas correctas num total de cem. A idosa, que vende comida caseira porta a porta, decidiu tirar a carta em Abril de 2005 para melhorar o seu negócio, mas até hoje não conseguiu passar o malfadado teste, que já lhe custou cerca de dois mil euros. No centro de exames da cidade de Jeonju, gerido pela brigada de trânsito da polícia sul-coreana, os agentes já prometeram organizar uma festa quando Cha for aprovada. «Fico sempre com pe

"Dura praxis, sed praxis"

Se há coisinha (no sentido pejorativo do diminutivo) que me abespinha e enerva (dando-me calores e precipitando-me os odores) é a PRAXE! Odeio extremismos, provocações, humilhações e meras (e artificiais) manifestações de poder barato e prepotente. A resposta ao porquê de ainda existir está na motivação perpétua da praxe - todos sonham manipular e humilhar alguém sem consequências directas desse comportamento. Esta repulsa pela praxe já é antiga. Nunca me vi a fazer algo contra os meus princípios e valores, nunca me coloquei num qualquer lugar a rir-me da cara da outra pessoa, aos berros, numa encenação redutora de uma qualquer condição adquirida. Fiz questão de experimentar para ter a certeza do que defendia. Cheguei a casa de rastos, jurei que nunca mais colocaria lá os pés. Constatei que nenhuma integração era feita e a humilhação era a real amplitude daquele modismo cultural. Já passaram muitos meses e nunca me arrependi do que fiz. O olhar dos outros face aos que se recusam a ser

Inglópratuguês - "está lêgali?"

Anderson dá, neste magnífico dialecto, a sua primeira entrevista (em "England") como jogador do Manchester United. Ao pé deste, o inglês do Cristiano Ronaldo e do Mourinho é o verdadeiro espanto. Tenho a suave impressão que o jornalista não percebeu nada das respostas. Se bem que os ingleses (retraindo o seu natural snobismo ) já se devem ter habituado a este aportuguesamento da sua língua. A Dona Rosete (personagem de Maria Rueff), no seu blogue (que eu acompanho fielmente), coloca a questão - " [...] isto está lêgali?". Tomo como minha a sua pergunta. Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira P.S.: Quem for ver este vídeo ao Youtube depara-se com mais um duelo "Brasil-Portugal". No cômputo de todos estes duelos os portugueses assumem-se como eternos colonizadores (justificando a sua superioridade) e os brasileiros como eternos colonizados (para justificarem o seu estado económico). Não me recusando a sínteses, acho que os portugueses lidam mal com as pot

Um e-mail

Acabo de receber um e-mail hilariante. Aconselho as crianças, pessoas sensíveis e idosos facilmente aterrorizáveis a não lerem o conteúdo desta mensagem. Passo a transcrever: CARTA DA BRUNINHA "Observações da Bruninha (8 anos), depois de ter recebido da sua mãe a espinhosa missão de vigiar escondida a sua irmã Suzana (17 anos), que teve permissão, de sua severa mãe, para poder namorar no sofá da sala. Ela faz seu ingênuo e detalhado relatório de tudo que viu, ouviu e sentiu. Para Mamãe: Mãe, a Suzana e o namorado dela apagaram a maior parte das luzes da casa e se sentaram no sofá. Ele chegou perto dela e começou a abraça-la. A Suzana deve ter começado a ficar doente, porque o rosto dela começou a ficar vermelho. O namorado dela deve ter percebido que ela começava a passar mal, porque ele colocou a mão dentro da blusa dela, acho que pra sentir seu coração, só que ele demorou muito pra encontrá-lo!!!! Aí, foi ele quem começou a ficar doente, porque os dois começaram a fica

"Pobre é mesmo assim..."

Por entre estes dias ando com o meu pensamento no velhinho "Sai de Baixo" da Rede Globo. Só saem expressões do tipo Caco Antibes. As pessoas estranham, olham de esquina, devem pensar que eu me acho multimilionário ou coisa que o valha. Quero descansar corações e apresentar a minha mui cómica influência. Na actualidade passa na Sic, aos Sábados à noite, outra série, também da autoria de Miguel Falabella, intitulada "Toma Lá, Dá Cá" (muito mais fraquinha que "Sai de Baixo", mas também engraçada). Gosto deste humor parvo, deste génio ligeiro de fazer humor. Gosto, também, do humor rebuscado e inteligente. Têm objectivos diferentes e maneiras distintas de abordar as questões. O primeiro, goza com a sociedade em geral (desde os manientos aos mais limitados), conseguindo ser percebido por todos, porque todos já viram ou ouviram pessoas assim. O outro, toca assuntos contemporâneos da sociedade, satirizando-a de forma mais astuciosa e briosa, mais culta e altiva

Um projecto chamado Timor "Lorosae"

Lavam-se os olhos nega-se o beijo do labirinto escolhe-se o mar no cais deserto fica o desejo da terra quente por conquistar Nobre soldado que vens senhor por sobre as asas do teu dragão beijas os corpos no chão queimado nunca serás o nosso perdão Ai Timor calam-se as vozes dos teus avós Ai Timor se outros calam cantemos nós Salgas de ventres que não tiveste ceifando os filhos que não são teus nobre soldado nunca sonhaste ver uma espada na mão de Deus Da cruz se faz uma lança em chamas que sangra o céu no sol do meio dia do meio dos corpos a mesma lama leito final onde o amor nascia Ai Timor calam-se as vozes dos teus avós Ai Timor se outros calam cantemos nós TROVANTE - Timor Música: João Gil Letra: João Monge Esta música reporta-me para um sonho. Sonho que não era só meu, que não vivia só aqui casa, nem na da vizinha. Era um sonho nacional. Parou este país (o meu país) e fê-lo chorar por um "umbigo" que não era seu. Portugal soube estar à medida do seu projecto de paz. Como

"A alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer"

"No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, Eu era feliz e ninguém estava morto. Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos, E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer. No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma, De ser inteligente para entre a família, E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim. Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças. Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida. Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo, O que fui de coração e parentesco. O que fui de serões de meia-província, O que fui de amarem-me e eu ser menino, O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui... A que distância!... (Nem o acho... ) O tempo em que festejavam o dia dos meus anos! O que eu sou hoje é como a humidade no corredor do fim da casa, Pondo grelado nas paredes... O que eu sou hoje (e a casa dos que me amar

Choques geracionais

O medo de mudar. Existe, entre as pessoas, um medo incrível de mudar, de duvidar, de perguntar. Nos meandros das conversas (especialmente com outras gerações) apercebo-me que a consciência de Justiça está emparedada entre teias sociais e medos colossais. As percepções (desfocadas) do que é realmente natural não coadunam as minhas opiniões, a minha formatação ideológica. Dizem que ainda vou crescer, que irei aprender que isto não é assim, porque simplesmente não pode ser. Mas quem ditou que não podia ser de outra forma? Qual é fundamentação desta jaula que as pessoas habitam? Habitam nela porque sim ou porque tem que ser? Mas, caso tenha que ser quem mandou que assim fosse? E depois de o ser ninguém ousa mudar? Este sentimento que tudo é conspirado contra as pessoas, que os capitalistas são maus e os socialistas bons (ou vice-versa), que a felicidade é impossível, que o medo é normal, que o Estado pode agir nas entre-capas do poder, que o poder é corrupto por natureza, que as pessoas sã

O Frio e a Bateria

Hoje fiquei sem bateria no carro. Sim sem bateria! Estava com frio, fome e muita (mas mesmo muita) vontade de me recolher às palhinhas. Acontece-me cada cadelice ! Tudo, porque esta cabeça (que anda um desastre cognitivo-comportamental), carregada de burrice, se esqueceu de desligar os médios (luzes de cruzamento). Telefono logo a alguém para me vir dar um "mamada" ao carro. Em hora de ponta o socorro demorou uns 45 minutos. Depois de passar uma tarde a fazer, na melhor companhia (algo de positivo), o verdadeiro rali pela Universidade (foi do CPII ao ILCH), acontece-me isto. Quanto ao carro, para além dos esquecimentos, ando sem retrovisor do lado direito (se apanharem alguém a fazer rotundas por fora e sem retrovisor, sou eu). Estou para a condução como o diabo para o céu. Como o exame de ontem me correu razoavelmente bem (não posso dizer que me correu "bem", porque dá azar), já não posso dizer que este foi um "dia de cão". Vá lá, foi um dia estranhozit

Exame de Economia vs Sorte

Sorte! É de sorte que preciso. Exame de Economia Política, aqui vou eu! Elasticidade Preço, Elasticidade de Rendimento, Elasticidade Cruzada, Factor de Produção, Curvas de Oferta e Procura, Tipos de Mercado, Produto Total/Marginal/Médio. PIBpm e cf, PIL, PNB, Rendimento Pessoal, RPD, Políticas macroeconómicas, Défice Externo e Público, Oferta e Procura, Keynes e Monetaristas. Tenho que dominar isto tudo. Acho que amanhã já nem me lembro onde aprendi isto. Depois é só pôr a cabeça na Filosofia Política. Luís Gonçalves Ferreira

"Everybody's Free to Wear Sunscreen!"

http://www.youtube.com/watch?v=xfq_A8nXMsQ&feature=related Faz muito tempo que me recomendaram este vídeo. Acho que nunca o vou esquecer. Aliás, nunca o esquecerei, porque partilho muito deste modus vivendi. Vejam! Existem certas verdades que precisam ser ouvidas, certo paradigmas necessitam de alteração. Vale a pena pensar nisto. Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira