Hoje, 14 de Fevereiro, é o dia de São Valentim. Dia que se convencionou como o 'dos namorados'.
Não sou antropólogo, nem analista de coisa nenhuma, mas acho que deve ter havido aqui uma qualquer confusão por analogia. Está certo que a personificação do amor são os namorados. Aceito e reitero. Mas, este não deveria ser o dia do amor? Amor e pronto. Só o amor - amor de amante, de mãe, de irmão, de amigo, de cão, de vizinho... Seria a ocasião de sairmos todos de casa, trocarmos rosas e anéis, irmos jantar a um lugar bacana, conversar, expressar os sentimentos, e a seguir todos num 'quartinho' (cheio de velas e perfumes especiais) para confraternizar mais qualquer coisinha. A sociedade actual simplica as coisas repartindo tudo por vários dias do ano. Sai bem mais caro mas é mais emocionante.
E onde fica o "amo-te" especial, só "porque sim"?
Esta agendarização da vida, dos sentimos, da originalidade, da surpresa, irrita-me, recuso-me a compactuar com ela. É certo que são necessários dias especiais para dar especialidade aos gestos, porque coisas vulgarizadas não emocionam ninguém. É certo, também, que existe um claro economicísmo sentimental nas pessoas. Não se fala livremente daquilo que verdadeiramente se sente. Tudo fica mais fácil quando a sociedade nos oferece os presentes ideais, aquelas formas de amar estandardizadas.
Entre estas duas valências do problema mantenho-me firme à tese do meu pai - que tudo (particularmente o Natal) deveria ser como o casamento cigano: durar muitos dias e com direito a festas, roupas e decorações diferentes.
Como não posso mudar o mundo, resta-me glorificar a réstia de amor verdadeiro que hoje se vive.
Como hoje li, viva "ao amor, em todos os seus estados"!
Sem mais,
Luís Gonçalves Ferreira
Para mim é um dia como qualquer outro, embora goste de receber as mensagens dos que, tal como eu, não vêem este dia como o "dia dos namorados" mas como o dia do amor em qualquer forma que este tenha!
ResponderEliminarBeijinho
e, já agora, viva o AMOR!
Eu comemorei o amor em todos os seus estados. Todos.
ResponderEliminarA novidade é que vou continuar a comemorá-lo. Todos os dias.
Porque quero, porque gosto, porque me apetece.
Nós comemorámos TODOS os dias, trocámos prendas QUANDO NOS APETECE, jantámos fora QUANDO NOS DER NA CABEÇA, nós simplesmente não gostamos de imitar os parolos kakakakaka
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