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Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2009

Creio no sonho

Aqui ao lado. "Por aqui escuta-se...". Terceira música. Creio . Ana Moura. Silêncio, que se vai ouvir o Fado. Creio nos anjos que andam pelo mundo Creio na deusa com olhos de diamante Creio em amores lunares com piano ao fundo, Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes, Creio num engenho que falta mais fecundo De harmonizar as partes dissonantes, Creio que tudo é eterno num segundo, Creio num céu futuro que houve dantes, Creio nos deuses de um astral mais puro, Na flor humilde que se encosta no muro Creio na carne que enfeitiça o além Creio no incrível, nas coisas assombrosas, Na ocupação do mundo pelas rosas, Creio que o amor que tem asas de ouro. Amén Natália Correia Custa-me pensar nas pessoas que, acompanhadas, vivam sós. Pensar, a cada segundo, que tudo à volta se desfalece e morre, deve ser das piores sensações passíveis de experimentação. O Homem é um ser social por excelência. Este é, porém, o mesmo Homem que se empobrece na loucura das vida

Enterro da Gata '09

http://www.aaum.pt/news/pt/cartaz-enterro-da-gata Ora que saiu o cartaz das monumentais festas do Enterro da Gata 2009. Dias 9, 14 e 15 estou batidíssimo no Gatódromo. Urge é orientar o estudo. Biba à Gata e à Universidade do Minho! Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira

A um poeta

Tu, que dormes, espírito sereno, Posto à sombra dos cedros seculares, Como um levita à sombra dos altares, Longe da luta e do fragor terreno, Acorda! É tempo! O sol, já alto e pleno, Afuguentou as larvas tumulares... Para surgir do seio desses mares, Um mundo novo espera só um aceno... Escuta! é a grande voz das multidões! São teus irmãos, que se erguem! são canções... Mas de guerra... e são vozes de rebate! Ergue-te pois, soldado do Futuro, E dos raios de luz do sonho puro, Sonhador, faz-te espada de combate! A Um Poeta por Antero de Quental Temos o futuro a levitar na palma da mão. Fugimos. Resistimos, vezes demais, aos projectos arrojados que ele nos segreda ao ouvido. O Futuro sou eu. O futuro são vocês. Somos os sonhadores, os 'soldados do Futuro'. Um Portugal adormecido é convidado a acordar. Há séculos e séculos que assim o é. É um Império que nos espera. Um império Espiritual, de Pessoa e de Quental, que fita o futuro. Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira

Templo Eterno

http://fc08.deviantart.com/fs18/f/2007/148/c/3/Templo_de_Zeus_Olimpico_by_zIe7e.jpg Sinto saudade. Saudade dos sorrisos, dos passeios, da doideiras comuns, da amizade partilhada de forma única e franca. Sinto que nunca poderemos repetir, da mesma forma, os mesmos espaços. Nunca, como antes, poderemos viver e comungar das mesmas coisas, com aquela intensidade louca de outrora. O espaço dilatou-se e desconectou muitos dos vínculos que jurara eternos ! Nem que tente, nada poderá voltar a ser igual. Os programas são irrepetíveis, como os próprios sentimentos que, um dia, nos inundaram. Estamos longe uns dos outros. Sinto saudade dos sorrisos, passeios e doideiras com os meus amigos. Com os amigos de sempre. Aqueles que serão, certamente, para sempre meus. Aos amigos de agora e dantes, o meu Obrigado . Simplesmente por vos achar assim. Vivo entre a fatalidade, a loucura e o agradecimento. Como entre os muros de um Templo, de uma muralha que será, como a recordação, sempiterna. Sem mais, Luí

A neura do Neurónio

Há pessoas que são cínicas. Outras exibicionistas. Outras tantas egocêntricas, profundamente eu+eu=eulongo. Esta tendência para despique e duelo intelectualóide, enerva-me. Aquelas conversas medíocres do quem fica por cima , irritam-me solenemente. Apetece dizer "ouve lá, quem pensas que és?" e "Cala-te! Ou queres preferes um murro?". Como sou um Doutor da convivência não o faço. Finjo que não percebo. Faço de conta que não denoto a conotação ofensiva das palavras, das convenções adulteradas entre os dentes. É nervoso que fico. É nervoso que estou. O sono acaba por amansar tudo. (sorrio para alma) Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira

Trivialidades

Caminhando, descalço, sobre as nuvens, pensei nas maravilhas do Mundo. O céu colapsa no confim do infinito. A Terra aperfeiçoa-se nas curvas do Oceano. Poseidón talha-se na feição dos ventos, dos luares e das marés. Tudo é singelo, mas incrivelmente bem feito. Só uma deusa ama assim as coisas para as fazer tão secretas, misteriosas, mas intrinsecamente electivas. A beleza paira, hoje, mais do que nunca, sobre Ti e sobre o Mundo. A universalidade dos gestos, sentidos e sensações está sempre conTigo. A perfeição do lustre, da talha dourada, de todo esse teu rococó corporal, espanta-me as mágoas e exorciza-me os fantasmas. Os livros velhos têm um cheiro 'a corpo'. A luz, fundida, tem aureola e espelha luz. O ar, outrora sufocante, amansa e abraça as entre-linhas do espaço. Posso suspirar, respirar e transpirar. Porém, tudo podes riscar ou reescrever na essência de cada movimento. Duvido-me. Não sei quem és, mas sei exactamente o que és. Luís Gonçalves Ferreira

Viver e Acreditar por Abril

E Depois do Adeus Paulo de Carvalho Quis saber quem sou O que faço aqui Quem me abandonou De quem me esqueci Perguntei por mim Quis saber de nós Mas o mar Não me traz Tua voz. Em silêncio, amor Em tristeza e fim Eu te sinto, em flor Eu te sofro, em mim Eu te lembro, assim Partir é morrer Como amar É ganhar E perder Tu vieste em flor Eu te desfolhei Tu te deste em amor Eu nada te dei Em teu corpo, amor Eu adormeci Morri nele E ao morrer Renasci E depois do amor E depois de nós O dizer adeus O ficarmos sós Teu lugar a mais Tua ausência em mim Tua paz Que perdi Minha dor que aprendi De novo vieste em flor Te desfolhei... E depois do amor E depois de nós O adeus O ficarmos sós. José Niza Todo o saber sobre o processo revolucionário português chega, às novas gerações, pelos livros. Eu faço parte desse magote. Não a vivi em corpo. Vivo-a, todos os anos, em alma, com uma alegria cândida e genuína. Eu sinto-me livre respirando (e degustando) liberdade. Porém, sinto medo. Os portugueses não tê

Concordo. E vocês?

Inspirado por este belo blogue (mas a detestar U2), respondi ao desafio da Rádio Comercial . Ora pois que sou "Beautiful Day". Eu concordo. Identifico-me com tal status . E vocês, que música dos U2 serão? Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira

'Allegría' que arrepia

Aqui do lado 'corre' a música Allegría do espectáculo "Alegria" do Cirque du Soleil . Este é um circo sem animais, teatralizado, autêntico e musicado. Esta música leva-me a conjecturar a hipótese de ir ver, entre 16 de Maio e 7 de Junho, o espectáculo "Varekay". Para já que se encantem as vistinhas e se levante a pele de galinha. Silêncio, que se vai Cantar a alegria de amar. Allegría Cirque du Soleil Allegria Come un lampo di vita Allegria Come un passo gridar Allegria Del delittuoso grido Bella reuggente pena, seren Come la rabbia di amar Allegria Come un assalto di gioia Allegria I see a spark of life shining Allegria I hear a young minstrel sing Allegria Beautiful roaring scream of joy and sorrow, so extreme There is a love in me raging Allegria A joyous, magical feeling Allegria Come un lampo di vita Allegria Come un passo gridar Allegria Del delittuoso grido Bella reuggente pena, seren Come la rabbia di amar Allegria Come un assalto di gioia Allegria

Aos 'Xutos' é que a gente se entende

Aqui vos deixo uma música de intervenção. Quase à maneira antiga, esta é uma música dos Xutos & Pontapés, com a particularidade do intérprete ser Kalu. Sem Eira nem Beira , não é, porém, admitida como uma crítica directa ao ( pseudo) Eng.º José Sócrates (sua eminência, o Primeiro-Ministro deste canto). Ouçam, leiam e tirem as devidas conclusões. Sem Eira nem Beira Xutos e Pontapés "Anda tudo do avesso Nesta rua que atravesso Dão milhões a quem os tem Aos outros um passou - bem Não consigo perceber Quem é que nos quer tramar Enganar Despedir E ainda se ficam a rir Eu quero acreditar Que esta merda vai mudar E espero vir a ter Uma vida bem melhor Mas se eu nada fizer Isto nunca vai mudar Conseguir Encontrar Mais força para lutar... Senhor engenheiro Dê-me um pouco de atenção Há dez anos que estou preso Há trinta que sou ladrão Não tenho eira nem beira Mas ainda consigo ver Quem anda na roubalheira E quem me anda a comer É difícil ser honesto É difícil de engolir Quem não tem n

Parabéns, Mãe

A nossa mãe é sempre a melhor mãe do mundo . Há pessoas que o dizem sem sentir, outras que preferem nem o dizer, outras que enchem a boca a de orgulho e dizem-no sem medo. Eu sinto-me feliz por sentir, conscientemente, que tenho uma óptima mãe. Para além de educar ,e suportar (desde os 24 anos), quatro filhos de forma genial, dá tudo o que pode e quer dar. Ninguém lhe exige mais nem menos. Melhor, quero e exijo, simplesmente, que continue sempre presente na minha vida. Quem fala comigo apercebe-se desta admiração (que vai além do campo familiar) que tenho por ela. À melhor mãe do mundo , com um beijo hiper-mega-especial, muitos PARABÉNS ! Mother - Era Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira PS.: O ramo (de rosas cor-de-champanhe e três flores esquisitas), que está na fotografia, é o presente que eu e as minhas irmãs lhe vamos dar. A música é brega, mas tem sentimento.

Laranja amarga e doce

Minha laranja amarga e doce Meu poema Feito de gomos de saudade Minha pena Pesada e leve Secreta e pura Minha passagem para o breve breve Instante da loucura . Minha ousadia Meu galope Minha rédea Meu potro doido Minha chama Minha réstia De luz intensa De voz aberta Minha denúncia do que pensa Do que sente a gente certa. Em ti respiro em ti eu provo por ti consigo esta força que de novo em ti persigo em ti percorro cavalo à solta pela margem do teu corpo. Minha alegria minha amargura minha coragem de correr contra a ternura. Por isso digo canção castigo amêndoa travo corpo alma amante amigo por isso canto por isso digo alpendre casa cama arca do meu trigo. Meu desafio minha aventura minha coragem de correr contra a ternura . Cavalo à Solta - José Carlos Ary dos Santos Entre amargo e doce, a alegria e a armagura, encontra-se o verdadeiro "ser" das pessoas especiais. Bebemos do exercício natural dos pólos das coisas. E eu gosto disso. Como costumo dizer - a bipolaridade dá

'Coisa' sem sentido

Todos morrem. Olha em teu redor e reflecte sobre a fatalidade de tudo o que te rodeia. As flores murcharão e morrerão. A mãe, o pai, os irmãos, os avós, os tios, os vizinhos, os amigos, o cão, gato e pintainho, morrerão também. Todos. Tudo morrerá. Quando mais não seja na data do teu próprio colapso físico. A partir daí só existirão recordações. Quiçá sentidas por meia dúzia de pessoas. Provavelmente, o corpo é feito para ser esquecido (os cemitérios e as fotografias surgem para contrariar), o nome (e os feitos e os feitios, os gestos) para ser memorizado (ascendências e descendências, genealogias, cemitérios novamente). E quando há pseudo corpo e nada de mágico a recordar? Cadê o abraço e o beijo, que nem a foto, nem o livro, nem o cemitério dão? A finitude das coisas é dura, mas é real. E quando não fores mais capaz de ver as flores, ouvir a expressão dos bichos, sentir o carinho da mãe, ouvir o ralhete do pai, conversar com o irmão, sair com os amigos? Acharás que uma vida medíocre

Sê feliz e Dança

Sê feliz e dança. Dança como uma louca, Em devaneio, sem receio. Já não há Mar, nem Terra, Nem Estanho, nem Fogo, Que detenham tanto Sonho, Tanta Vida! És tu em potência. Somos nós em essência. Nem sei quando, nem porquê, Mas sinto-me aí – No cordão e no umbigo Desse teu Movimento. Depois, Quando o Prazer terminar, Não sei se nos podemos reencontrar. Sei que, Sem mim, Podes continuar a dançar. Luís Gonçalves Ferreira Depois de um dia de trabalho e estudo apeteceu-me escrever isto. Não sei quem o inspira, se algo de real transpira nestas linhas. Às vezes saem-me coisas que não consigo explicar. Deve ser do amanhã - o meu primeiro ( pseudo ) dia de férias - e de um teste qualquer que tenho para fazer. Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira

A encarnar no pensamento

Toda a gente, velha ou nova, acaba por ser feliz. Tudo voa e escapa, entre essas duas valências. [O próprio tempo voa e escapa.] A tristeza já não é o que era. [A felicidade não é o que era, porque os movimentos do relógio não curam tudo.] Agora, no segundo imediatamente anterior a este, tudo ficou mais escuro e cinzento. A realização, a gratidão, o amor, de e entre os outros, faz-me crescer a raiva de não conseguir ver o Templo magnânimo que é a vida. Esta é, uma tristeza, fruto da irreflexão. Amanhã, ao acordar, fará parte do sono e do encanto de Um passado. Penso e repenso. Para que, em qualquer momento, não deixe que me queimem a saudade. Aí, já não poderei mais ser feliz ou infeliz, pensar ou repensar, porque me arrancaram o poder de Sonhar. Há músicas que me põem assim - a Pensar. Esta é uma delas: Love Hurts - Yiruma Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira

De mim para mim

Olhei para a vida. Atentei-lhe na entranha, na víscera no colossal da sua essência. Achei-a instância “necessitária” da compaixão humana, da caridade transeunte, da mão divino-espiritual de um Deus qualquer. Quem vive sem as pretensões de amor, paixão, felicidade? Ninguém. De fora para dentro, vive-se entre o american way of life , concreto, terreno e inspirativo, até à demagogia (incorpórea e confusa) do sincretismo social. O Homem que procura mais prazer do que aquele que consegue dar, que não se identifica com a dualidade de género, com a sua própria singularidade e diferença... é um protagonista "dramo- cataclista" do seu próprio púlpito. Veste-se (ou despe-se) da incompreensão, da decadência e da clara vegetação espiritual. Precipita-se nos habitáculos “casulares”, quadrados, anencéfalos do cosmopolitismo contemporâneo. Entre a vaidade, a luxúria, a bonomia e a certeza de ser extremamente genial, reside o Homem realmente justo, transparente e bom. Este é Homem bilateral

Anacrónicas diferenças

  http://www.nayiny.deviantart.com/  Hoje fui a uma conferência, organizada pela E.L.S.A. UMinho , sobre os Casamentos Homossexuais. Eram convidados, pelo Não, eng. Nuno da Câmara Pereira (deputado, pelo PPM, à AR) e eng. Manuel Beninger (lider do grupo municipal do PPM), pelo Sim, dr. António Serzedelo (pres. da Opus Gay, activista pelos direitos das minorias sexuais) e dra. Paula Nogueira (membro da Mesa Nacional do B.E.). Esta foi das melhores conferências a que assisti até hoje. Não pelo calor dos discursos, mas pelo quão gratificante foi a nível intelectual. Sair de um local exponencialmente mais culto e rico é bom, muito bom. Assim como perceber a tópica e a diferença argumentativa, foi gratificante. António Serzedelo é das pessoas mais lúcidas e geniais que ouvi nos últimos tempos. Tratar as coisas pelos nomes é, cada vez mais, necessário. Ele fá-lo sem pudor. O Portugal que hoje veda a Justiça ao Alfa e Ómega do Estado de Direito - a Pessoa Humana-, é aquele que não se pr

O prémio

O meu primeiro prémio. Finíssima esta nova moda dos blogues. Eu gosto da moda! Eu congratulo a graça, agradecendo ao blogger Daniel Silva e ao seu Sair das Palavras, não só pelo prémio mas, sobretudo, pelas palavras, vídeos, pensamentos, que fazem as delícias da blogosfera. Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira