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Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2009

Fatalidade Conjugal

Eras a catraia dos contos de «Era uma vez...». Sempre o senti. Respiravas e transpiravas especialidade, originalidade e beleza natural. Estavas morena, tom que sempre apreciei. Eras média, tamanho que sempre me enlouqueceu. Tinhas umas mãos bem-tratadas, coisa que sempre me agradou. Falavas em canto pardaleiro, um misto de harpa e violino. Andavas como na " passerelle" floral de uma Primavera qualquer. Sorrias como quem dança. Dançavas como quem sorri. Tinhas tom e toque de donzela, mas genética de empreendedora. Tinhas um discurso fluente, inteligente e consciente. Não dizias bobeiras, nem bobagens. Amavas como quem canta "karaoke". Eras amada de um jeito especial, quero que saibas. Após o 'terminus' fatal, tornei-me frígido e distante. Nunca senti nada assim. Aliás, acho que nunca sentirei nada por alguém assim. Um misto de consciência da distância com prazer de recordação. Eu amo-te, nunca duvido disso. Mas não sou capaz de te amar a 100%. Valorizo-me

Uma coisa sem sentido

Apetecia-me fugir, velozmente, contigo no peito. Morávamos num quartinho qualquer, mas estarias sempre comigo. Faríamos uma promessa boba de amor-eterno, e eu juraria enclausurar-te na minha abadia sentimental. Ora tocariam os sinos, ora trincava-se o trigo e joio. Ceifávamos os episódios maus com coragem de leão. Frequentaríamos os sonhos mútuos, e os projectos singulares de cada um. Tu morrerias para os teus, e eu para os meus. Seriamos só os dois. Com um violino de orquestra, estaríamos em uníssono neste chinfrim terrestre. Guarde-te-ia sempre no peito. Fá-lo-ia se o tempo não trouxesse as surpresas e os desesperos matinais. Eu não gosto de acordar cedo. Os sonhos são pesados e os pesadelos leves. Estou farto deste faz-de-conta e desta estória de meninos. Vamos ser crescidos e morrer um para outro. Rompimento. Rompemos com o mundo, como o nosso Mundo. Nos filmes os vilões e os finais tristes vendem muito mais. Facturemos 100 milhões de €uros numa bilheteira qualquer. Ricos, felizes

Mais novidades

Aviso: Eu estou cá. Ando infinitamente presente por estas bandas. Quer através do telemóvel quer pelo PC, nuns minutinhos arrancados a ferros do meu quotidiano. Cada vez mais em frenesim trabalhoso, com a cabeça e o corpo ocupados. Ando a escutar-vos e a ver-vos. Quando não comento, absorvo o melhor que leio e vejo. Estou feliz, porque retirei definitivamente o meu aparelho ortodontico. É uma conquista, uma vitória. Um esforço recompensado. Sorrir é óptimo. Sempre gostei de gargalhar, mas agora sabe muito melhor. Quem disser que o dinheiro não traz felicidade, mente. O dinheiro ajuda muito. Não pela compra de carros, dos cacos que habitam as casas, mas das pequenas coisas que nos permitem uma felicidade mais plena, mas feliz (a redundância é propositada!) Vamos festejar, é Verão! Em espírito de rave , Luís Gonçalves Ferreira

Canseiras e novidades

Tenho umas olheiras bastante proeminentes. Possuo um cansaço físico enorme. Hoje arrasto-me no trabalho, custa-me imenso a raciocinar. Sinto-me uma loira! (Esta mania do queixume já se entranhou dentro de mim). Psicologicamente, estou óptimo e recomendo-me. Ontem, fui ao cinema ver Harry Potter e o Príncipe Misterioso . Sou um "devorador" dos filmes, um acompanhante da obra literária de J. K. Rolling. Mas não gostei da película, pois tem menos acção e mais drama. Harry Potter perde-se, neste filme, em dramatismos. A certa altura torna-se enfadonho e pesado, principalmente quando não há Valdemort no enredo principal. Contudo, reconheço que, em termos artísticos, este filme está muito superior aos anteriores. Os actores estão mais crescidos, a história mais madura, o enredo mais coligado. Aparecem personagens novas, por sinal muito bem caracterizadas. O guarda-roupa está melhor do que nunca (se é que isso conta num filme deste género). Mas, muito sinceramente, Harry Potter qu
A morte está a circundar, devagar. Vai acabar, em pouco tempo, e aos poucos, com as plantas que cultivei nos últimos tempos. Essa pobre instância do tempo, credo de muitos, está perto de mim. Sinto alguns fins próximos, porque eu já dei o meu máximo para tentar segurar o que quer que seja a esta vida. Há vida dentro de mim. Continuo a sentir-me triste. Continuo a sentir-me perseguido pela morte. Se há tempos desesperava neste momento, agora sinto que cumpri a missão: fui fiel a mim mesmo. Não abandonei antes do tempo. Disse o que disse. Fiz o que fiz. E não me arrependo. Sinto o fim próximo, e choro a pensar nisso. São lágrimas quentes estas que me escorrem, hoje, como algumas outras vezes, a tropeçar pelo rosto. A morte, essa seca coisa, escorre-me, hoje, pela cara abaixo sob forma molhada. Estou cansado de me sentir a lutar sozinho. Estou cansado de me sentir a precisar sozinho. Estou cansado, no fundo, de prolongar isto sozinho. Não sei se vamos ficar amigos. Não sei o que vai ser d

Isqueiro e Cigarros

A estória que se segue foi elaborada por mim e pela Maria Francisca , em co-autoria. Duas personagens partilharam um espaço, um momento e, de certo modo, um sonho. Não sabem os nomes, mas conheceram-se e amaram-se numa simples noite. É um momento contado sob dois olhares: o dele (escrito por mim) e o dela (escrito por ela). Aqui vos apresento «Isqueiro e Cigarros», por Maria Francisca e Luís Gonçalves Ferreira: Puxo do isqueiro que ele tinha na mesa-de-cabeceira. Deitada na cama, tapada com aquele edredão com um padrão de leopardo… Só com aquilo. Devia ter percebido logo, antes de ficar só tapada com um edredão, que para ele era só um caso de uma noite. Encostei a cabeça naquelas almofadas, onde provavelmente tinham passado milhares de outras cabeças, cabeças delas. Daquelas que talvez estariam agora tão arrependidas como eu.Fumava, nunca me soube tão mal um cigarro. Ou então foi o sexo, sem amor. Puro sexo. (Nem vejo o que agrada tanto a alguns puro sexo…). Ele sentou-se, com aquele s

Piquenique das letras

Oficialmente, e de hoje em diante, sou co-autor de um nobre projecto bloguiano. Chama-se Piquenique das Letras . Continuando com a publicidade, apresento-vos o conceito do novo blogue: Segundo o dicionário , a palavra “piquenique” deriva do francês pique-nique. Significa refeição festiva e informal ao ar livre, no campo, num parque, ou num jardim. O conceito de piquenique gera o grande mote para este blogue: uma união informal, descontraída, com pluralidade de autores e, consequentemente, de contextos e opiniões. A vinculação será feita pelas letras, pelo poder eterno das palavras. Os rissóis, fêveras, bolos e doces deste piquenique ser-vos-ão transmitidos por essa via. Não acharão um blogue de culinária. Não encontrarão um blogue ao jeito de diário. Não esperem um espaço de opiniões limadas e profusamente sedimentadas, nem tão pouco consonantes. Não avistarão frases sempre bem construídas e altamente originais. Verão tudo e mais alguma coisa. Da música ao teatro, do cinema à poesia, t

Um palhaço

Todos os direitos reservados (a mim) © Eram 50 Homens, três pássaros e duas tartarugas. Cada um na sua linguagem, estremeciam o espaço com gritos, uivos e demais sons com sabor a velho. Não percebiam que, no centro do frenesim, estavam os seus próprios espíritos inquietos, apalhaçados pela ausência de amor, paz e reconciliação. A nuvem que os cobria era negra, até porque Deus já se havia esquecido daquelas massas existenciais. Estavam entregues a si mesmos, sem tempo para ressuscitações bíblicas nem lutas diabólicas. O tempo parou. O arco-íris pintou-se. O sol girou e sorriu. As fontes brotaram d'entre os rochedos paralíticos. Os corpos mexiam-se como se fossem pautas musicais. Os Homens saltavam no âmago dos seus nobres sentimentos. Os animais voltaram à normalidade e à felicidade. Tudo se modificou, porque houve um beijo. Um beijo terno entre os Homens, que se converteu num cumprimento entre as trevas e a paz, depois entre o sol e a lua... Bastou, naquele Éden imaginário, um exe

Prémio(s) #6 e #7

Os prémios! Da Filipa, e do seu In this silence , chegam-me mais dois prémios (vulgo selos). É que não são dois, nem três, nem quatro... são sete! Já recebi sete prémio! Deixa-me feliz receber estas congratulações simbólicas, mas disso vocês já sabem. A Filipa não acompanha este espaço há muito tempo (pelo menos que eu tenha conhecimento). O que me faz saborear isto com um trago giro. Daí, Filipa, um obrigado especialíssimo, recheado com um beijo. Isto tem sempre regras. Algumas complexas, outra nem tanto. Aqui ficam as deste(s): Coloque os selos no seu blog ; Indique para 10 blogs que você considera extremamente viciantes! ; Informe aos indicados ; Dizer 3 coisas que pretende fazer no futuro: (1) Concluir o curso com boa classificação e fazer um mestrado em Direitos Humanos; (2) Fazer uma viagem inesquecível (ou várias); (3) Continuar a ser feliz e a ter as pessoas mais importantes do meu lado. Declaro, do alto da minha sapiência blogueira, anuladas as regras 2 e 3. Ou, caso o deseje

Prémio #5

O prémio Mais um! Já são cinco. Desta vez veio da Marta e do seu Pedaço de Qualquer Coisa... . Tenho, acima tudo, que agradecer humildemente. Escrevo para um público e é bom saber que existe, na blogosfera, bloggers que me acompanham nesta caminhada. Obrigado, Marta. Parece que este selo MaterBlog pede um "catálogo" de cinco características minhas: Teimosia; Extraversão (em modo q.b.); Ambição; Desarrumação (material e, de vez em vez, espiritual); Racionalidade. Tinha que oferecer a alguém em especial, mas estou a guardar-vos para o meu próprio prémio. Com uma felicidade especial, Luís Gonçalves Ferreira

A lealdade e o conhecimento

http://fc03.deviantart.com/fs40/i/2009/053/9/2/Exploration_of_knowledge__by_Porral.jpg Sempre critiquei a falta de lealdade intelectual. As coisas quando não são pensadas e/ou criadas por nós não podem ser vinculadas, aclamadas e proclamadas como nossas. Justiça e lealdade nas ideias e nos pensamentos, é isso que peço sempre. Não gosto de vaguear pelos blogues, teses, apontamentos, e perceber que ali não mora a mínima consciência de mesura e responsabilidade. A citação de fontes é fundamental para a percepção da rectidão de certa ideia. O criador soma-se à obra criada, resultando na perpétua singularidade e originalidade de um feito. Sob pena do esquecimento, as observações alheias dever-se-ão manter nesse status , no estado de criação externa a nós, mas aceite pelo nosso discernir. Ao citarmos algo ou alguém estamos a respeitar outro ente, com pensamentos e contextos de vida únicos. O espírito de alguma coisa faz-se constar no seio da sua équa repetição. Assim, sobrevivem as obras de

Bar Rafaeli

Bar Rafaeli , de 24 anos, é uma das modelo s mais famosas do Mundo. Há anos que as agências mundiais lhe pediam que se despisse, mas a israelita nunca aceitou. Até que dois colegas de escola, fotógrafos famosos, propuseram à modelo fazer um vídeo de nu artístico e Bar Rafaeli aceitou. Vídeo: Youtube Texto: Sic.pt Mais uma obra de arte. Desta feita, em vídeo e no feminino. Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira PS.: Depois de ver isto, aceito fazer as pazes com as instâncias criadoras.

Entre a Criação e o Homem

Nem Cristo, nem Deus Pai, nem Espírito Santo. Nem Maomé, nem Alá. Nem Adonai , nem David, nem Salomão. Nem Shiva, nem Brama, nem Vixnu. Nem Deus Arquitecto . Nem Budah. Nem a Física Quântica. Nem o Homem. Ninguém. Ninguém devia ter permitido a criação de um Mundo repleto de pessoas falsas, injustas, hipócritas, ladras e conflituosas. Arre! para estes espíritos mesquinhos e pequenos, que pulverizam a Terra de imundice. Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira

Sexy

O que eu mais gosto: O "sexy" no pescoço; O "sexy" no rabo; As calças mega sexy ; A dança super sexy . A cara sexy da intérprete; O decote sexy da intérprete; As expressões dos jurados perante o carácter pouco sexy da pseudo prestação sexy . Tudo leva-me a crer que: Ser sexy não é fácil, nada fácil. Inundado num espírito sexy, Luís Gonçalves Ferreira

Visão positiva

http://bp2.blogger.com/_Yt0s3-mnl9Y/RuarTk0APvI/AAAAAAAAAHU/Gl-dBC4DRgg/s400/imagem05ys8.jpg Embora não possas escolher as circunstâncias da tua vida, podes escolher como reages frente a elas. Ter uma visão positiva da vida é uma opção, não uma atitude que te cai em cima. Clair Bradschaw

"Vida Tão Estranha"

Vida tão estranha Rodrigo Leão, com voz de Ana Vieira São de veludo as palavras, daquele que finge que amas. Ao desengano levo a vida. A sorte, a mim, já não me chama. Vida tão só, vida tão estranha. Meu coração tão mal tratado. Já nem chorar me traz consolo. Resta-me só um triste fado. De facto, a vida é tão estranha . Por vezes, nem chorar traz consolo , concordo. Já me aconteceu, aliás. Nunca, mas mesmo nunca, me vai restar um triste fado . Eu detesto, odeio, essa inobservância, este medo de se ser feliz. A felicidade conquista-se, não se tem assim - do pé para a mão. A gente vive na mentira. Já não dá conta do que sente. Antes sozinha toda a vida, que ter um coração que mente. Vida tão só, vida tão estranha. Meu coração tão mal tratado. Já nem chorar me traz consolo. Resta-me só um triste fado. Às vezes enganamo-nos nos sentimentos e nas pessoas que escolhemos. Aliás, enganamo-nos pelos sentimentos que as pessoas nos provocam. Vivemos, tantas vezes, sobre um coração que mente. O

Oficialmente de (quase) férias

Cheguei agorinha agorinha de Braga (bem depois de ter ido a uns tantos sítios e ter passado por Vila Verde - fretes da minha querida mãe). Venho por este meio comunicar que me encontro oficialmente de férias. Também comunico que amanhã entro oficialmente em período de trabalho. Portanto, o descanso será mínimo. Apesar de tudo, estou mais feliz e relaxado. Quanto ao exame de hoje, correu-me bem. Acho que consigo passar e até tirar uma nota jeitosa. Valha-me os dentes de oiro da minha própria sorte e sabedoria. Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira

Oficialmente exausto

Oficialmente exausto. Sexta-feira realizar-se-á o meu último Exame de Recurso da temporada 2008/2009. Até lá, continuo com uma imensa aversão à positividade, e com uma extrema e intensa tendência para o queixume. Hoje manti-me a Coca-Cola e a Kit Kat, resultou. Acho que amanhã devo repetir a receita que movimenta, artificialmente, esta (insana) locomotiva. Inté , Luís Gonçalves Ferreira

Smile

Smile though your heart is aching Smile even though its breaking When there are clouds in the sky, you'll get by If you smile with your fear and sorrow Smile and maybe tomorrow You'll find that life is still worthwhile If you just Light up your face with gladness Hide every trace of sadness Although a tear may be ever so near That's the time you must keep on trying Smile, what's the use of crying? You'll find that life is still worthwhile If you just Smile though your heart is aching Smile even though its breaking When there are clouds in the sky, you'll get by If you smile through your fear and sorrow Smile and maybe tomorrow You'll find that life is still worthwhile If you just smile that's the time you must keep on trying Smile, what's the use of crying? You'll find that life is still worthwhile If you just smile "A day without a laugh is a wasted day" Charles Chaplin

'60

Não sendo a pontualidade a minha qualidade mais evidente, naquele dia cheguei a horas Não queria desiludir-te mais uma vez, não achava justo fazê-lo Os teus olhos angélicos, a tua voz rouca, o teu perfume de côco e o "amo-te", com sabor a café, não mereciam mais uma rasteira psicológica. Sei-o, porque te conheço, embora sempre te tenhas queixado da minha aparente desatenção. Postrei-me, espectante, na sombra da nossa "árvore". Tinhas-me mandado escolher o local do reencontro. Eu queria-o no recato de um espaço privado, mas tu, por medo da tentação, não o quiseste. Sugeri aquele local - o das "emoções". Sempre soube que não era o indicado para discutir os "bê-á-bás" da nossa relação. Mas, no caso, a culpa é tua, foste tu, inundada em sentimentos egoístas e prepotentes, que escolheste. Passavam cinco minutos da hora marcada e tu não havias chegado. Pensei que, provavelmente, terias apanhado trânsito. Correu mais uma dezena, sofrida e angustiada,

Manifesto idiossincrático

A criação de Adão , Miguel Ângelo. Eu tenho um alter-ego excêntrico, com tendências bilionárias e com uma queda para o gigantismo, maxime como a arquitectura Romana. Apresento, ainda, um ego que é mais comedido, mas que, volta e meia, revela os devaneios do seu compadre, quanto mais não seja na aposta semanal no Euromilhões. Para estragar tudo, e no meio das duas instâncias supracitadas, tenho uma carteira magra, bastante africana, sub-mundista, para ser mais preciso. Depois (ou na base), tenho um pai e uma mãe que me deram uma educação esmerada. Não raro, os valores vinculados pela tal educação controlam-me o inconsciente por via do remorso e do peso moral. Em ordem de riqueza e bem-estar quero uma carreira de sucesso trabalhada com as minhas próprias mãos e suores. Não quero ser um novo-rico, nem um rico novo. Quer ser, simplesmente, rico, com direito às posturas e prestações dos ricos aristocráticos e às urgências de um comum mortal. Tenho alguns vícios, como a música, revis

Felizmente

Peguei no lápis, no papel e num resquício de um sonho. Faltava qualquer coisa para o esboço ficar perfeito. Pensei no imaginário, estava guardado na gaveta púrpura do aparador da sala. Fui buscá-lo. Aumentei-me de cor e pintei. Encontrei, entretanto, a lágrima que havia sido embalsamada num momento incerto. Fechei, rapidamente, o saco. Ao lado, estava a felicidade, embrulhada em papel vegetal. Tinha um laço artesanalmente estruturado, feito de fita de azevinho e jasmim. A tremer, desembrulhei a nuvem de papel. A felicidade, essa utopia dos que sobrevivem, rejubilava por uma nova oportunidade. Naquela altura não me recordava do que havia motivado aquela arrumação, tão clara e artificial. Pensei. Chorei. Não resisti a embrulhar tudo, como estava antes. A psique havia definido que não era agora, ali, entre o choro e o pensamento melancólico, que poderia voltar a constituir-me. Aquele sentimento insípido não era um projecto meu. A megalomania, inodora e insossa, fez de mim um pessoa crua e

A renúncia de Maria João Pires

http://www.mediamania.com.br/secundarias/dellarte2008/maria-joao-pires/fotos/foto01.jpg Estou farto de viver num país que despreza, espezinha e mal-trata, dia-a-dia, a cultura e as suas gentes. Estou cansado de viver num país que se sente magoado, sem nunca pensar que outrora magoou, tratando com a indiferença de não achar coisa alguma. Envergonho-me de um país no qual o poder político, à imagem das gentes lhe dão razão de existir, não reconhece o papel angular da Educação e da Cultura na formação individual e social. Maria João Pires, uma das melhores pianistas contemporâneas, renunciou à nacionalidade portuguesa . Esta é, essencialmente, uma renúncia política. Como Saramago e António Damásio, Maria João não conseguiu arranjar o espaço que merecia no seu país. Se se perguntar, por esse país afora,: "Quem é Maria João Pires?" Poucos saberão. Daí que esta notícia não manche de vergonha as consciências imaculadas dos que esboçam os orçamentos miseráveis do Ministério da Cultura

Whitney come back

Absolutamente viciado na música que marca o regresso da ENORME Whitney Houston. Adoro. Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira PS.: É a música que toca aqui no blogue. Portanto, escusem-se ao play .

Supernova

Ultimamente, ando a racionalizar de mais as emoções. Sinto-me abalado por um certo Cientismo ambivalente, dotado de uma preponderância prática da razão. Desenvolvo, dia-a-dia, uma perspectiva muito específica de sentir a atmosfera que me rodeia. O modo com que encaro Deus, o Homem, as relações sociais, a ciência, o mundo, a política... não é o mesmo. Todas essas novas perspectivas têm um cunho sociológico muito forte, amontoando-se em silogismos, filosofices, socio-idiossincacrias, matematismos , somato-idiologias. Apesar dos queixumes, o Direito tem operado em mim maravilhas. É a abrangência que me satisfaz. É a vontade de crescer intelectualmente que, no meio da desmotivação, me move. Nunca quero parar de aprender e amadurecer. Supernova. Assim, Luís Gonçalves Ferreira

O prémio #4

O prémio Mais um! Desta vez veio da Sylvie e do seu Luma . Não me resta fazer mais nada senão agradecer. Fico muito feliz quando recebo estas congratulações. A Sylvie é uma amiga com a qual não falei durante algum tempo. Separamo-nos por trivialidades da vida. Foi a blogosfera que nos reaproximou. Assim, por força do tempo, este prémio ganha um significado especial. Obrigado, Sylvie. Como isto tem sempre regras, as deste "Prémio Luma" são as seguintes: Postar a imagem do prémio e referir quem o ofereceu. Criar uma frase que contenha as palavras música e poesia - A música e a poesia constituem duas formas de arte. No auge do seu postulado, vinculam emoções e constituem instâncias descritivo-constitutivas do seu criador. P assar o prémio a 5 blogues e avisá-los (este é opcional) - Opto por não oferecer a ninguém em particular. Beijos e abraços, Luís Gonçalves Ferreira PS.: Em breve publicarei o "Prémio Suor de um Rosto". Está pronto, só espero p

Queixume #2

Ia escrever qualquer coisa. Nada saiu. Ando a tentar desde ontem. Nada sai. Talvez as vísceras estejam doentes ou de maleita sofra o coração. Dizem que tenho cara de cansado. Acredito. Sinto-o, aliás. Estudo um bicho chamado Metodologia do Direito . É feio, o bicho. Na gastronomia, há que visitar todos os compartimentos da Roda dos Alimentos em razão de saúde e bem-estar. Na vida, há que experimentar todas as gavetas em ordem da realização e da experimentação plena. Até amanhã. Hoje, só me queixo. Por nada, Luís Gonçalves Ferreira