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Supernova

Ultimamente, ando a racionalizar de mais as emoções. Sinto-me abalado por um certo Cientismo ambivalente, dotado de uma preponderância prática da razão. Desenvolvo, dia-a-dia, uma perspectiva muito específica de sentir a atmosfera que me rodeia. O modo com que encaro Deus, o Homem, as relações sociais, a ciência, o mundo, a política... não é o mesmo.

Todas essas novas perspectivas têm um cunho sociológico muito forte, amontoando-se em silogismos, filosofices, socio-idiossincacrias, matematismos, somato-idiologias.

Apesar dos queixumes, o Direito tem operado em mim maravilhas. É a abrangência que me satisfaz. É a vontade de crescer intelectualmente que, no meio da desmotivação, me move.

Nunca quero parar de aprender e amadurecer.

Supernova.

Assim,
Luís Gonçalves Ferreira

Comentários

  1. Concordo com o sentires-te estimulado a aprender sempre, mas for God's sake, escreveres "Sinto-me abalado por um certo Cientismo ambivalente, dotado de uma preponderância prática da razão", é o quê? ;)

    Do not explain. Como diriam os brasileiros, "a minha cabeça deu um nó" :)

    Grande abraço, amigo

    ResponderEliminar
  2. Daniel Silva - Queria dizer, basicamente, que me sinto, por um lado, tentado a racionalizar tudo, em várias valências (ate nas emoções), achar que tudo é racionalizável. Por outro lado sei que é demagogia pura, porque há coisas que não são passíveis de racionalização e positivação. São os efeitos do Direito.
    Consegui explicar a ideia?

    Abraço ;)

    ResponderEliminar
  3. Amigo

    Não devemos racionalizar tudo. Até no Direito prevalece o bom senso sobre a aplicação estrita da lei. Mas não esqueças também que pela aplicação da lei se cometem enormes injustiças.

    Só a prática quotidiana da humildade do Homem, nos pode dar a visão abrangente que nenhuma lei pode reger.

    O que tentei dizer foi que nao pensasses tanto. Mas tens razão quanto aos efeitos dos defeitos profissionais. É bom começar já a evita-los antes de começares a exercer.

    Great hug

    ResponderEliminar

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Pensar mais do que sentir

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Sem parágrafos

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