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Mensagens

A mostrar mensagens de março, 2010

Executa

Quero que estejas bem. Não sei porquê. Nem me interessa. Aliás, não sei se te amo ou simplesmente adoro. Nem me interessa. Não me interessam os nomes dos sentimentos como nunca me zanguei os daltónicos. O preto não deixa de ser preto se lhe chamassem de vermelho. Luís Gonçalves Ferreira

Não quero ser escravo de mim mesmo

Fala-se muito de saudade. Toda a gente fala. Eu também falo. É inevitável. É uma coisa que cresce aqui dentro. Imensa. Gigante. Que nos dá nós na garganta e faz soltar lágrimas. As lágrimas são quentes. Eu, loucamente, consigo senti-las frias, quando dói imenso cá dentro. Uma dor que corrói. Mas, hoje, não quero falar de dor nem nada disso que mata sem fazer sangue. Hoje, aos não sei quantos de Março (quase Abril), quero, simplesmente, dizer-vos que é óptimo viver. Com ou sem saudade. Com ou sem negritude. Aliás, é bom viver com saudade e negritude. Eu quero isso tudo. Saber que existe (e conseguir definir ) é sinal que de experimentação real do oposto, inverso... daquilo que conforta e faz feliz o sorriso. E é isso que hoje quero reafirmar: É bom estar triste e sentir saudade. Logo a seguir, como uma mão divina que dá e tira, vem o lado bom. E é isso que quero lembrar: A positividade. Vivamos. Com tudo a que temos direito. Se assim não for, vivemos na escravidão solitária de pouco sen

Bochechas verdes

Só se fala de amor. Ama-se de mais. Ou melhor, ama-se pela boca em excesso. Só falam de amor. Uma roda na blogosfera e é só amor. Amor e mais amor. Não se vê mais nada? Nenhum outro sentimento? Bem eu disse que há milhões de vidas mortas. Perdem-se a falar. É por isto que cada vez mais desconfio dele. Do de amante, que é do que se fala mais. Estou enjoado. Muito nauseado. Ou é do excesso ou é por defeito. Vou tentar descobrir. Até lá, vomito amor pelo que leio. Depois ainda me chamam reaccionário. Como alguém pode passar por isto e não se queixar? Tanta coisa para pensar e só se fala de amor. O país está de tanga, a crise é real, há fome, pobreza, riqueza excessiva, cangaceiros que sobrem, jornais aos montes (que ninguém lê, desconfio), milhões de páginas de internet, e só se fala de amor. Amor ora está frito, ou cozido ou grelhado ou guisado. Mas é sempre amor de amante. Fatal. Pobre de sorriso. Sofrido. Está por todo o lado. Ainda dizem que as pessoas não sentem. Sentem. E de mais. O

Farta fartura

Tenho saudades de adormecer sem fechar os olhos. Tenho saudades de sonhar acordado. Tenho saudades tuas... Saudades que são gente. E carne. E corpo. Fado duro, este. Árdua sina. Macaco destino que se cruzou por dentro de nós. Espanto firme este que me meteu inteiro dentro de ti e de mim. Triste destino. Farta fartura de coisa nenhuma. Ai!, futuro cinzento e falta madura. Parece eterna! Fazes-me falta. Não a da pedrosa inês, mas a minha: Singela e pura, feita de ti. Luís Gonçalves Ferreira

Uma canção

Quando eu estiver triste prometes-me um sorriso? Quando eu estiver deprimido prometes-me um colo? Quando eu estiver sem ti prometes-me um telefonema? Quando eu estive aqui, sozinho, prometes-me companhia? Se sim, eu fico. Se não, também.  Não exijo.  Nem quero.  Nem posso. Nem vou. Apenas, meu amor, quero que saibas que te embalarei, mesmo nos piores momentos. Meu amor, eu prometo, hoje, que este beijo é puro. E mais: É cândido. É uma meninice que não envelhece, apenas amadurece. Ficará grande. Não te prometo a eternidade nem a razão. Juro-te um coração puro, teu, eterno. Ah, meu amor, se a eternidade existir, eu juro.  Calo-me. Eu não vou sair daqui sem ti. Luís Gonçalves Ferreira

Assim, uma conclusão intelectual

É bom transgredir, de vez em vez, a linha que nos entrelaça a boca, os braços e tudo o que mexe. O laço forte que nos prende são os preconceitos, convenções, e demais apetrechos dos outros em nós. Melhor que tudo, é saber que alguém nos acompanha. Pior que os atilhos voltam ao seu lugar, logo a seguir. Basta que um encontro inesperado com mais um ser acorrentado.  Somos, irremediavelmente, um bicho social. Com o seu quê de animal e de cultural. Luís Gonçalves Ferreira

Satisfação

Quando o esforço é-nos recompensado sentimos uma energia incrível que nos levanta os pés do chão. É uma ilusão, certo é. Mas dura. Enquanto dura refaz e reestabelece.  Por agora, ainda estou sob efeito desse álcool.  Amanhã não sei se a bebedeira continuará. Tirei 13 a Teoria, depois de dois meses à espera da nota e de não ter respondido a uma questão cotada com doze valores.  Quis partilhar isto convosco. É um êxtase interessante. Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira

Últimas:

Afinal a prova oral a Comunitário é só para a próxima terça-feira. Se há bom ou mau nisto... ainda não sei. Sei que, segunda-feira, estava mesmo decidido a deixar a disciplina para Recurso. A ver vamos... Estou, em conta-gotas, ansioso, à espera das notas de Teoria Geral do Direito Civil. Não queria nada reprovar, seria como morrer na praia. A ver vamos... No meio disto tudo, vejo cada vez pior. Luís Gonçalves Ferreira

Ter que... quase fazer.

Estou quase quase tão relaxado como no dia em que nada sabia. Escapa-me a chamada oral que tinha amanhã. "Tinha", porque o ter depende, ainda, de mim. E eu, ser independente, decidi que não vou ter o que não me apetece. E pronto. Está arrumado.  Luís Gonçalves Ferreira PS.: Quando me vier queixar que reprovei a Direito Comunitário dêem-me dois estalos virtuais, se faz favor.

Máquinas de carne

Se dúvidas existissem quando à inata malvadez do ser humano, as últimas notícias de fenómenos de bullyng , com direito a suicídios de professores e alunos, acabam por extingui-las, ou, em extremo, a considerá-las.  Tentam atribuir culpas às próprias vítimas, aos professores e aos alunos. Alunos que são crianças. Professores que fazem tudo menos ensinar, tamanho o caos de valores que populam as cabeças dos mais novos. Se à criança lhe resta a aprendizagem e contenção pelos valores que lhes são vinculados, às famílias e demais educadores sobra-lhes um papel fundamental: O de limar, através de valores, as arestas poeirentas e animalescas dos homens-pequenos. O Homem parece esquecer-se, no meio da poluição tecnológica, que é básico, animal e biologicamente instintivo. Existe um real empobrecimento da família como templo de valores, não por culpa da modificação do género dos seus elementos, mas por perdas substantivas no estímulo ao contacto terno com os outros ser humanos, seus semelhante

Ondas

Tinha certezas. Deixei de as ter, de repente. Negava instâncias e complexos. Existo com eles, agora. Vejo tudo, em cavalgada, a entrar dentro de mim. Não consigo contrariar. É crescimento. Tento negar, mas já não consigo. Espero não estar a perder a oportunidade de saltar fora do barco antes do naufrágio É a coisa que mais me perturba neste momento. Acho que mexi com o deus dos mares. São ondas do meu próprio mar que me assolam e fazem tremer por dentro. Luís Gonçalves Ferreira

Prémio #16

Prémio #16 E mais um...  Desta vez veio da Adriana, do blogue "A Wish Upon The Stars" . Este selo ou prémio, como eu lhe chamo, tem uma descrição completamente soberba, que me deixou muito feliz por o teu recebido. Então, reza assim: Com o Prémio Dardos reconhecem-se os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. Que, em suma, demonstram a sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre as suas letras, entre as suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agrega o valor à Web. Acho que este parágrafo resume a grande magia de ser estar na blogosfera: o prazer da partilha e da entrega.  Obrigado, Adriana. Já sabes que fiquei muito feliz por ter recebido este pequeno mimo. Beijos e Abraços, Luís Gonçalves Ferreira

Prémio #15

Prémio #15 Eu faço bem à Angel do blogue "No princípio era o verbo...". E eu digo-te, Angel, obrigado. Toda a troca de experiências e vivências faz-nos crescer. Tenho aprendido contigo e isso torna tudo mais mágico.  Com um beijo especial para Angel, Luís Gonçalves Ferreira

Telephone

Em Paparazzi , Lady GaGa tinha assassinado o seu namorado, depois de ter vivido o martírio de Super Estrela, nas mãos da fama. Foi presa. Em Telephone, GaGa será "salva" por Honey B para dar início a uma nova fase da sua vida. Num teledisco absolutamente bem construído, Lady GaGa traz-nos uma trama relacional, repleta de elementos cinematográficos criminais e policiais, que mais parece uma curta-metragem de um festival de cinema. De estrela a marginal, GaGa aparece-nos com Telephone , em dueto com Beyoncé Knowles. A música é retirada de The Fame Monster, último álbum/EP da norte-americana. Fruam.  Luís Gonçalves Ferreira

Falar calado

As integrações forçadas em meios estranhos sempre me abespinharam. O ambiente em que me desenvolvo, dia-a-dia, feito de pessoas, revela mais de mim do que um texto auto-crítico de 100 páginas. Não mudar facilmente de companhia, de espaços, é basicamente um traço da minha personalidade: Eu gosto de segurança, estabilidade e algumas certezas. É um estado psicológico que faz, aos olhos nus dos outros, uma transfiguração da minha verdadeira personalidade. É o conhecimento que me revela. E só me revelo quando me encontro entre gargalhadas e assuntos sérios. Já abandonei as preocupações com os olhares dos outros. Peço, constantemente, sem falar, para que não me forcem a ser o que não. É um pedir calado. É uma solicitação feita de silêncio e mudez. Por isso, já sabem: Quando estou desconfortável estou calado. Todos os que convivem comigo, na extroversão de quem conhece, penso que já sabem isto. São duas fases: O Silêncio, feito de observação, medidas e prestações; A gargalhada, feita de à-von

Entre os anónimos e as moscas

Há gente que se esconde: Uns fecham-se em casa. Outros inventam vidas na escrita. Uns terceiros existem que se fingem por sentimentos, como se os outros fossem cegos e não sentissem também. Tudo gente decente, à partida. Quando mais não seja pela capacidade de se ocultarem primeiramente perante si, depois sobre os outros, por inerência própria da mentira a que se sujeitam indignamente. Necessidade de sobrevivência, provavelmente. Não os censuro, porque defendo a auto-defesa, primariamente, para nosso proveito. A estabilidade, por mínima que seja, faz-nos falta, pois vivemos em constante possibilidade de penetração externa. Existe, contudo, aí uma raça de gente que não consigo perceber. Ocultam-se. Escondem-se. Tudo como os outros fazem. O seu principal constrangimento reside no valor e coesão das suas opiniões públicas. Emitem, à boca cheia, mas sem rosto, pontos de vista, muitos deles difamatórios, mas protegidos pela capa do anonimato. Lógico que estamos numa sociedade que (ainda) re

Dia da Mulher e do aniversário da minha irmã

Parabéns, querida irmã.  Parabéns, mulheres em geral. Parabéns, homens, como eu, que respeitam as mulheres. Parabéns, mulheres em particular, principalmente as que se respeitam. Se este dia serve para alguma coisa é para vocês se aperceberam da especialidade que comportam. Não vos desejo mais luta, mas estabilidade. A permanência num estado que vos permita tomar consciência da  existência de defeitos que os homens têm e que não vos cabe na herança, porque simplesmente são diferentes. Os país do Sul da Europa não estão no estado de civilidade parecido com os do Norte. Ainda não é tempo de pedir cotas para homens, porque as injustiças e diferenças no acesso ao exercício de direitos ainda é real. É tempo, porque estamos a meio de uma evolução, de vos pedir que continuem a ser mulheres e não mulheres-mascaradas-de-homens. Se este dia existe é para vos mostrar respeito. Respeito de um homem que estima a mulher, a mãe, a empresária, a doutora, a engenheira, a dona-de-casa, a funcionária, a a

Status

Quando a inspiração falha o corpo fica mole, a alma parece triste e a cabeça cansada. Quando a inspiração falha cala-se um vazio nos espaços que vamos ocupando, por que nada serve de estímulo a uma boca calada, quase frígida de tão silenciosa. Não é um estado de alma, mas um cansaço acumulado de não ter prestação nem esforço que valha a uma alma insatisfeita, cheia de nada, pobre por dentro e por fora. Já não há nada, neste suave bater de asas.  Durante este interregno que decidi fazer à blogosfera (pelo qual, desde já, peço desculpa) pensei, muitas vezes, em acabar com o blogue. Não por que já não acreditasse nas virtudes deste submundo virtual, nem por que deixasse de crer que as amizades que por aqui valem a pena. Simplesmente fiz silêncio, pensei, e passou-me isso pela ideia. Aconteceu como nunca havera acontecido antes...  Ainda com pouca energia, varri aquelas ideias da cabeça e prometi-me voltar. Afinal de contas, sempre me prometi que não iria fraquejar aqui, num reflexo da fal

Entre a Universidade e a falta de Tempo

E a Universidade recomeçou a sério e o tempo começa a estreitar-se, dia após dia. Peço desculpa pela minha ausência nas vossas caixas de comentários. Continuo a ler tudo e a acompanhar-vos. Obrigado por aqui estarem. Sempre aqui, Luís Gonçalves Ferreira ____________________________ Este blogue está a concurso , na categoria Pessoal, nos Super Blog Awars 2009/2010. Vota aqui .

Hoje, digo-vos isto:

Já odiei nabiças. Agora, tolero-as. Detesto nabos, como sempre detestei.  Já gostei de lampreia. Agora, odeio a bicha e tudo o que a leve. Já idolatrei Arroz de Cabidela. Agora, nem o posso ver.  Amei Coca-Cola. Continuo a amar. Já fui mais dependente da minha mãe. Cresci. Mas continuo a amá-la intensamente. Houve uma altura que tinha imenso medo do escuro. Agora preciso dele para estar comigo mesmo. Dantes não adormecia sem televisão. Agora sobrevivo perfeitamente sem ela. Tenho perdido cultura geral. Não gosto disso, mas já nem sei controlar a ausência de conteúdos importantes, datas e algumas cronologias.  Sei perfeitamente que a Wikipedia não vale nada. Houve tempos que não ia a outro lado.  Conclusão: Eu mudei.  A mudança é um capricho impressionante do tempo. É feita de rugas, as da pele e não só. Hoje estou cansado. Como nunca estive.  Basicamente, era isto que hoje me apetecia dizer.  Luís Gonçalves Ferreira ____________________________ Este blogue está a concurso , na catego