Ia escrever aqui um imenso texto sobre hipocrisia, falsidade e falta de rectidão. Sobre pessoas que dizem mal das outras, no escondido, e depois lhes bajulam a cara. E que a seguir teatralizam-se e se mascaram e acreditam nas próprias mentiras. Não fosse essa uma metáfora deles próprios e dos outros e de todas as suas relações; numa verdade irrenunciável que socializar é como ter um íman que atrai iguais a nós, ou que, mesmo diferentes, nalguma altura serviram as nossas carências. E desta língua que os critica, é a consciência certa de que um dia convivemos no mesmo ninho, na audição das coisas que sobre si acusavam, nunca directamente a quem de direito. Continuaria a desfilar sobre todos esses itens básicos, já muito discutidos, amplamente criticados pelos que já fizeram o mesmo, tornando este estado uma espécie de memorial de um ressabiado. Mas não. Apenas e só, por que tudo isso me deprime profundamente. E o que me deprime eu não gosto de falar: não há forças que combatam aq...