Eu gosto de brincar com a poesia e transformá-la em prosa. Reentregá-la. Desmontá-la. Reinterpretá-la. Oferecer aquilo que nem é meu. Uma transferência nula, sem efeitos. Um mar de oceanos que não se esgota. Amar as letras é como amar uma pessoa, como amor infinito. É juramentar o que nem juramento precisa. É entregar o que se tem e o que não se tem. É prometer o que não se controla, controlando apenas e só o desejo de o fazer. Eu amo poesia. E amo música com poesia. E amo prosa com poesia. E amo as letras. E amo-os, de forma emocionalmente infinita. E encravo-me, na proporção da entrega, colocando-me em riste, com a cabeça prostrada numa Inquisição. Nunca perco o desejo nem o movimento transcendentalizado de o continuar a fazer. Não abandono esta idiotia utópica. Nem a tesão deste orgasmo mental. E, até então, não me abandonarei nem deixarei de me continuar a desejar. E o primeiro sexo é o que fazemos connosco próprios. E será o último, antes de entregarmos o nosso corpo a um limbo q...