A pequena Francisca tem pouco mais de dois meses, mas fala por uma vida inteira: chegou sem pedir a ninguém, trouxe alegria e um espírito puro de inocência. Olho para ela e lembro-me como é maravilhosa a existência humana e como é gratificante estar aqui, neste momento. Os olhos pequeninos, as mãos que não agarram nada, e um sorriso que conquista o mundo. Nada é pensado, ou intelectualizado, simplesmente congratula, da forma mais pura de quem não sabe nomes, nem pré-conceitos, mesmo dos que amam uma existência tão minúscula, mas tão poderosa. Nunca tinha acompanhado um crescimento humano de perto como tenho acompanhado o da Francisca. Naturalmente por que agora a minha consciência se faz desperta a um conjunto de circunstâncias novas, e quantifica os pormenores de uma outra forma. É produto do próprio crescimento: do meu, através dela. E dela através daqueles que a observam. Os laços que criamos ao longo da vida definem-nos: ela já é nossa e nós dela. Os bebés ridicularizam o ...