Quando nos ensinaram, na escola primária, a picotar desenhos jamais imaginei que, pelas sombras e os furos, crescemos; como naquele jogo que permite ganhar chocolates. O pior do amor é a forma como nos deixa ficar; lembro Anna Karenina, mas queria esquecer as estórias todas do mundo. Inércia, desgosto e vontades: como no jogo de picotados que, em criança, treinava a nossa concentração e abstração. Métodos significativos num poço para o futuro. O pior do amor é a forma como nos abandona, talvez sozinhos que nem cães abandonados. O pequenino é querido e o grande imensamente desastroso. Não sei onde arrumar este jarro que tenho nas mãos; não decora nada e não se quebra. Parti, de mãos dadas, olhando o automóvel a seguir embora. Tentamos ir pelos caminhos que conhecemos, bater às portas de sempre e chamar ajuda. A ferida ainda sangra para a bacia magenta que decora a pia da cozinha. São quase duas da manhã. Após o barulho, e tomado o silêncio em golos de chá verde, lamento as mãos vazi...