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Suor de um rosto queimado de vida!


Sinto desde há muito tempo esta necessidade de criar um blog.
Provavelmente porque tenho muita coisa que gostaria de dizer, de conversar, de discutir, de simplesmente falar publicamente, para que muita gente e ninguém em concreto me oiçam, me escutem...
Tenho, sempre tive aliás, esta vontade quase que louca, dinâmica, persuasiva, ordinária de dizer coisas sobre tudo e todos.
A política, economia, os sentimentos, as pessoas, os meus e os vossos momentos, no fundo as coisas que me vou apercebendo das deambulações pelas ruas, pelos becos e pelos guetos das vidas humanas, do espírito do ser e do modo-de-ser de todas as coisas. Assuntos que causam o suor, as mágoas, as tristezas, as alegrias, os sentimentos das pessoas, preocupam-me!
É exactamente esse o mote deste blog - mostrar qual é o meu suor, a minha maneira de pensar, aquilo que formata o meu rosto, a minha identidade, que não é mais do que um rosto marcado e queimado de toda a minha vida, de todas as pessoas e lugares que conheci, no fundo, de todos os meus sonhos e mágoas que experimentei.
O meu espírito, aquilo que sou, é precisamente um recalcamento de todas as auto- e hetero-formatações e inspirações. Aliás faço questão de assumir as minhas influências, os meus partidos, as minhas idiossincrasias. Tudo tem que ser aberto ao contraditório, à discussão, aos amores e desamores, ao diálogo de dicotomias pessoais e geracionais (aliás falta muito disto à sociedade civil).
O poder de crítica, o não temer de dizer, o de explicar os sentimentos, o poder de não abrandar os estalos e os beijos da vida, a coragem ... Tudo isto se identifica comigo e com a minha maneira de ser e pensar.
As minhas próprias palavras, as minhas filosofisses, os meus neologismos, a minha originalidade, as minhas influências é disto que se fará este blog.
Será um blog multicolor, multifacetado, heterogéneo, multi-temático, de múltiplas e grandiosas paixões. Serei eu em espírito!

Que este seja o primeiro de muitos comentários, o inicio de uma caminhada, que seja paradigma de uma e de várias pessoas e identidades. Que este seja o meu espaço e o vosso espaço. O terreno das minhas e das vossas opiniões.

Sem mais,
Luís Gonçalves Ferreira

Comentários

  1. era isto que eu te queria dizer!

    São coisas só tuas, pessoalissimo!

    :D

    Beijo!

    ResponderEliminar
  2. ALELUIA!!! (desculpa, só hoje é que "te" descobri!)
    E vou passar por cá muitas vezes, sim!
    Beijinhos.

    ResponderEliminar
  3. Não consigo encontrar palavras no meu dicionário que abarquem tudo aquilo que tu és e a importância que tens para mim.

    Além de termos laços familiares não eramos propriamente ligados. O tempo que passavamos juntos não existia. No entanto, já crescidos encontramo-nos e começamos a construir a verdadeira ligação de primos que somos. :D

    Não fazia ideia que fosses como és. E que dentro de ti residicem palavras e sentimentos tão bonitos.. tão verdadeiros... tão simples e justos.

    Adoro.te por tudo o que és...

    Da tua prima
    Borboleta

    ResponderEliminar

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Tenho saudades de ser pequeno, livre e inocente. Sinto falta da irresponsabilidade de ser cândido e não saber nada sobre nada. Estou nostálgico em relação ao Luís que já existiu, foi, mas que não voltará a ver-se como se viu. Este corpo e alma que agora me compõem são reflexos profundos da minha história. O jeito de sorrir, abraçar e beijar reflectem os sorrisos, abraços e beijos que fui recebendo. Sinto falta do Luís que só sabia dizer mamã e Deus da má'jude . Sinto a ausência das pessoas que partiram e que naquele tempo estavam presentes. Sinto saudade de só gostar da mãe e de mais ninguém. Sinto saudades de sentir mais do que pensar. É um anseio que bate, mas nada resolve, porque apenas cansa a alma. A ausência corrói a alma e o espírito. É nestas alturas que penso que a Saudade e o fado são as maiores dores de alma que consigo ter. Provavelmente, sou mesmo um epicurista. Luís Gonçalves Ferreira

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