"Para o presidente da Associação de Profissionais de Turismo é preciso acabar com a palavra crise e criar oportunidades." (Sapo.pt)
"[...]A Qimonda, o maior exportador português, entrou hoje em processo de falência, não tendo conseguido completar a tempo o processo de levantamento do empréstimo de 325 milhões de euros necessário para o seu salvamento[...]." (Jornal de Notícias, "Qimonda: Não há garantias de que não vão existir despedimentos em Portugal", 23.1.2009)
Não sei até que ponto Portugal ficará eternamente alucinado. Pensar que a crise não nos afecta, é pura e brava demagogia política. É-o, também, a atribuição de todas as responsabilidades à crise. Se as medidas na Educação, na Saúde, na Cultura, na Agricultura, e demais bancos ministeriais, não resultam, a culpa é da crise mundial.
Gestão incompetente de recursos, medidas mal aplicadas, legislação chumbada (e muitas aprovadas por uma maioria a desvanecer em eficiência), Ministros burros que nem portas (perdoem-me mas é verdade)... A maioria parlamentar socialista começa a tropeçar nos problemas estruturais. O chefe do Governo (que até é inteligente, mas escolhe muito mal os seus assessores e ministros), já mistura os poderes, fala em cabalas, questiona a validade da Justiça, dos tribunais e das investigações policiais. Atrapalha-se com a proximidade das eleições. Fala em demissões para contrariar o calendário.
As ideias dele, de gérmen liberal, são boas. Portugal precisa delas. Andamos com um deficit enorme de desenvolvimento. Precisamos de o corrigir. Três anos de boas medidas são, agora, assombrados por polémicas e pelos efeitos da crise. As atenções distraem-se: ora são casamentos homossexuais, ora regionalização, ora cabalas, ora eutanásia, ora desvios políticos, ora presidenciais americanas, ora cimeiras ibéricas, ora TGV's, ora Pontes sobre o Tejo, Aeroportos, Mundiais de futebol, ora papel nefasto da Comunicação Social na sociedade (no fundo, a responsável de tudo isto; este trejeito fascista não desaparece), ora caso Freeport's (acho que Alcochete nunca foi tão falado como nesta legislatura) e outros mais...
Desemprego, falências, pobreza, fome e medo de colapso económico assustam todos os portugueses. O maior exportador português, ao que tudo indica, vai abrir falência. Com a "morte" da Qimonda, 2000 pessoas vão para o desemprego. Se os "gigantes caem" que será das PME's? A classe média, em Portugal, suporta um peso enorme - os excessos da classe alta (o incumprimento, os devaneios) e os custos do Estado Social que estende a mão às classes baixas.
O Governo tem tomado medidas para estimular o consumo, para que as empresas não percam mercado, não abram falência, não iniciem despedimentos. Medidas tardias. Até ao segundo trimestre de 2008, Portugal estava "preparado para resistir à crise".
O nosso tecido social está a ressentir-se.
No local onde vivo, as pequenas e médias empresas (as ditas "frabriquetas"), que empregavam uma grande fatia da população, encerraram as portas. As famílias estão em casa. As despesas continuam lá. Os filhos continuam a estudar, a comer, a viver. Há necessidade básicas para suprir. O Estado suporta este peso com a malograda Segurança Social.
Esta realidade começa-me a assustar. Os olhos cansados deixam de suportar mega-projectos, mega-ideias de país rico e desenvolvido (que não somos).
Alinhem-se as prioridades. Reafirme-se a chave-mestra política. Responda-se à crise na mesma medida em que ela nos afecta.
A certos políticos (como, por exemplo, Manuela Ferreira Leite) chamam-lhe de "pessimistas". Lembremo-nos que, talvez, um choque de negatividade seja necessário. Na sua sombra poderá estar a mais pura realidade.
Existe, claramente, um modelo social, político e económico em crise profunda. Do lado de lá do oceano, de terras do Tio Sam, esperam-se medidas que abafem este triste fado. Os habitantes deste mundo globalizado, olham para o novo Presidente com muita esperança. Putin terá dito que "de grandes esperanças nascem sempre grandes decepções".
Sem mais,
Luís Gonçalves Ferreira
"[...]A Qimonda, o maior exportador português, entrou hoje em processo de falência, não tendo conseguido completar a tempo o processo de levantamento do empréstimo de 325 milhões de euros necessário para o seu salvamento[...]." (Jornal de Notícias, "Qimonda: Não há garantias de que não vão existir despedimentos em Portugal", 23.1.2009)
Não sei até que ponto Portugal ficará eternamente alucinado. Pensar que a crise não nos afecta, é pura e brava demagogia política. É-o, também, a atribuição de todas as responsabilidades à crise. Se as medidas na Educação, na Saúde, na Cultura, na Agricultura, e demais bancos ministeriais, não resultam, a culpa é da crise mundial.
Gestão incompetente de recursos, medidas mal aplicadas, legislação chumbada (e muitas aprovadas por uma maioria a desvanecer em eficiência), Ministros burros que nem portas (perdoem-me mas é verdade)... A maioria parlamentar socialista começa a tropeçar nos problemas estruturais. O chefe do Governo (que até é inteligente, mas escolhe muito mal os seus assessores e ministros), já mistura os poderes, fala em cabalas, questiona a validade da Justiça, dos tribunais e das investigações policiais. Atrapalha-se com a proximidade das eleições. Fala em demissões para contrariar o calendário.
As ideias dele, de gérmen liberal, são boas. Portugal precisa delas. Andamos com um deficit enorme de desenvolvimento. Precisamos de o corrigir. Três anos de boas medidas são, agora, assombrados por polémicas e pelos efeitos da crise. As atenções distraem-se: ora são casamentos homossexuais, ora regionalização, ora cabalas, ora eutanásia, ora desvios políticos, ora presidenciais americanas, ora cimeiras ibéricas, ora TGV's, ora Pontes sobre o Tejo, Aeroportos, Mundiais de futebol, ora papel nefasto da Comunicação Social na sociedade (no fundo, a responsável de tudo isto; este trejeito fascista não desaparece), ora caso Freeport's (acho que Alcochete nunca foi tão falado como nesta legislatura) e outros mais...
Desemprego, falências, pobreza, fome e medo de colapso económico assustam todos os portugueses. O maior exportador português, ao que tudo indica, vai abrir falência. Com a "morte" da Qimonda, 2000 pessoas vão para o desemprego. Se os "gigantes caem" que será das PME's? A classe média, em Portugal, suporta um peso enorme - os excessos da classe alta (o incumprimento, os devaneios) e os custos do Estado Social que estende a mão às classes baixas.
O Governo tem tomado medidas para estimular o consumo, para que as empresas não percam mercado, não abram falência, não iniciem despedimentos. Medidas tardias. Até ao segundo trimestre de 2008, Portugal estava "preparado para resistir à crise".
O nosso tecido social está a ressentir-se.
No local onde vivo, as pequenas e médias empresas (as ditas "frabriquetas"), que empregavam uma grande fatia da população, encerraram as portas. As famílias estão em casa. As despesas continuam lá. Os filhos continuam a estudar, a comer, a viver. Há necessidade básicas para suprir. O Estado suporta este peso com a malograda Segurança Social.
Esta realidade começa-me a assustar. Os olhos cansados deixam de suportar mega-projectos, mega-ideias de país rico e desenvolvido (que não somos).
Alinhem-se as prioridades. Reafirme-se a chave-mestra política. Responda-se à crise na mesma medida em que ela nos afecta.
A certos políticos (como, por exemplo, Manuela Ferreira Leite) chamam-lhe de "pessimistas". Lembremo-nos que, talvez, um choque de negatividade seja necessário. Na sua sombra poderá estar a mais pura realidade.
Existe, claramente, um modelo social, político e económico em crise profunda. Do lado de lá do oceano, de terras do Tio Sam, esperam-se medidas que abafem este triste fado. Os habitantes deste mundo globalizado, olham para o novo Presidente com muita esperança. Putin terá dito que "de grandes esperanças nascem sempre grandes decepções".
Sem mais,
Luís Gonçalves Ferreira
Vi aqui muito das nossas conversas!
ResponderEliminarxDD
Não sei, mas arrisco a dizer que a solução para isto, segundo Pedro Abrunhosa seja..."Talvez Foder"!
:D
(e não te ponhas a teorizar, pq esse teu segundo "eu" é um bocadinho mauzinho!)
O Putin é um quadrado.
ResponderEliminarUm idiota.
Tenhamos esperança, sim!
E encaremos as decepções de frente, se e quando elas chegarem.
Beijo!