Se há coisinha (no sentido pejorativo do diminutivo) que me abespinha e enerva (dando-me calores e precipitando-me os odores) é a PRAXE! Odeio extremismos, provocações, humilhações e meras (e artificiais) manifestações de poder barato e prepotente.
A resposta ao porquê de ainda existir está na motivação perpétua da praxe - todos sonham manipular e humilhar alguém sem consequências directas desse comportamento.
Esta repulsa pela praxe já é antiga. Nunca me vi a fazer algo contra os meus princípios e valores, nunca me coloquei num qualquer lugar a rir-me da cara da outra pessoa, aos berros, numa encenação redutora de uma qualquer condição adquirida.
Fiz questão de experimentar para ter a certeza do que defendia. Cheguei a casa de rastos, jurei que nunca mais colocaria lá os pés. Constatei que nenhuma integração era feita e a humilhação era a real amplitude daquele modismo cultural.
Já passaram muitos meses e nunca me arrependi do que fiz. O olhar dos outros face aos que se recusam a ser praxados não é o mesmo. Eu nunca me declarei anti-praxe, porque não me considero como tal. Simplesmente não quero participar em algo que vá contra mim mesmo e a minha própria natureza. Prefiro evitar as coisas que me desgastam física e emocionalmente. Gosto da minha liberdade e prezo a dos outros. Não quero subjugar os meus princípios ao corpo dos outros, à vontade dos que me rodeiam. Nunca o fiz, nem nunca o farei.
Esta é uma questão de princípios. Não defendo que a praxe deva acabar, nem que deva ser proibida. Simplesmente deve existir liberdade (prática, real e coerente) na escolha. A integração não deve ser responsabilidade da hierarquia da praxe, mas sim de organizações necessariamente independentes. Uma necessidade (a integração) não pode encapotar pretensões secundárias (a humilhação). O contrário é aceitar os "males necessários".
Faço esta reflexão pública volvidos tantos meses do início desta caminhada académica, porque hoje recebi um e-mail eticamente duvidoso. Colocaram-se em causa opções e motivações pessoais, com ameaças claras e chantagens perigosas. Elegeu-se mais uma estrutura interna de poder, mais uma hierarquia que faz lembrar o tempo dos "bufos", em que o medo reinava e a liberdade estava desvirtuada nas mãos de um Regime.
Estas estruturas de poder baralham a sageza de uma mente que se quer jovial e sã.
Se "dura lex, sed lex" e "dura praxis, sed praxis", onde pára, no meio do cala, engole e não geme, o raciocínio e o poder de dizer "NÃO!"?
Sem mais,
Luís Gonçalves Ferreira
A resposta ao porquê de ainda existir está na motivação perpétua da praxe - todos sonham manipular e humilhar alguém sem consequências directas desse comportamento.
Esta repulsa pela praxe já é antiga. Nunca me vi a fazer algo contra os meus princípios e valores, nunca me coloquei num qualquer lugar a rir-me da cara da outra pessoa, aos berros, numa encenação redutora de uma qualquer condição adquirida.
Fiz questão de experimentar para ter a certeza do que defendia. Cheguei a casa de rastos, jurei que nunca mais colocaria lá os pés. Constatei que nenhuma integração era feita e a humilhação era a real amplitude daquele modismo cultural.
Já passaram muitos meses e nunca me arrependi do que fiz. O olhar dos outros face aos que se recusam a ser praxados não é o mesmo. Eu nunca me declarei anti-praxe, porque não me considero como tal. Simplesmente não quero participar em algo que vá contra mim mesmo e a minha própria natureza. Prefiro evitar as coisas que me desgastam física e emocionalmente. Gosto da minha liberdade e prezo a dos outros. Não quero subjugar os meus princípios ao corpo dos outros, à vontade dos que me rodeiam. Nunca o fiz, nem nunca o farei.
Esta é uma questão de princípios. Não defendo que a praxe deva acabar, nem que deva ser proibida. Simplesmente deve existir liberdade (prática, real e coerente) na escolha. A integração não deve ser responsabilidade da hierarquia da praxe, mas sim de organizações necessariamente independentes. Uma necessidade (a integração) não pode encapotar pretensões secundárias (a humilhação). O contrário é aceitar os "males necessários".
Faço esta reflexão pública volvidos tantos meses do início desta caminhada académica, porque hoje recebi um e-mail eticamente duvidoso. Colocaram-se em causa opções e motivações pessoais, com ameaças claras e chantagens perigosas. Elegeu-se mais uma estrutura interna de poder, mais uma hierarquia que faz lembrar o tempo dos "bufos", em que o medo reinava e a liberdade estava desvirtuada nas mãos de um Regime.
Estas estruturas de poder baralham a sageza de uma mente que se quer jovial e sã.
Se "dura lex, sed lex" e "dura praxis, sed praxis", onde pára, no meio do cala, engole e não geme, o raciocínio e o poder de dizer "NÃO!"?
Sem mais,
Luís Gonçalves Ferreira
Desde pequena sempre ouvi falar das praxes e sempre dizia q eu n ia para universidade nenhuma só com medo de passar por essas humilhações!
ResponderEliminarEu sou completamente anti-praxe acho q as pessoas n tem de passar por vergonhas tamanhas nem constantes humilhações pa serem aceites! Deviam acabar com isso!
Pára na tua boca. Em quem tu és. Eu nunca fui praxada, nunca praxei, embora nada tendo contra quem o faz ou o recebe de livre vontade. É como as lutas na lama: nada tenho contra elas, tirando o facto de as achar uma idiotice pegada.
ResponderEliminarA liberdade de escolha é a maior que o ser humano pode alcançar. Agarra-a!
:)
Beijo.
Já te disse qual é a minha opinião acerca desse assunto!
ResponderEliminarSei que muitos se sentem humilhados, e nesse caso, acho perfeitamente normal não quererem participar nas praxes.
O bom da vida é que (ainda) temos liberdade de escolha e, assim sendo, podemos SEMPRE dizer Não!
Beijinho