“Não sei quantas almas tenho”[!]. Nem sei, tão pouco, quantos rostos conheço. Aliás, conto, pelos dedos, aqueles que reconheço verdadeiramente.
Amargura-me a boca saber que a confiança se perde, fugindo por entre as frechas da calçada. Cato, como uma mãe africana, os resquícios desta memória ferida.
Deixo-me invadir pelos vícios psicológicos de uma geração. Sobretudo pelo da eterna insatisfação moral.
Cada vez mais conjecturo um reflexo feito carne. O meu reflexo feito Homem…
Seria tão mais fácil viver assim…
Carpir. Apetece-me chorar.
Amargura-me a boca saber que a confiança se perde, fugindo por entre as frechas da calçada. Cato, como uma mãe africana, os resquícios desta memória ferida.
Deixo-me invadir pelos vícios psicológicos de uma geração. Sobretudo pelo da eterna insatisfação moral.
Cada vez mais conjecturo um reflexo feito carne. O meu reflexo feito Homem…
Seria tão mais fácil viver assim…
Carpir. Apetece-me chorar.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu?"
Deus sabe, porque o escreveu.
[!]
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu?"
Deus sabe, porque o escreveu.
[!]
Até amanhã,
Luís Gonçalves Ferreira
[!] Fernando Pessoa - Não sei quantas almas tenho
É verdade, na nossa vida fugaz poucos são os que ficam para sempre, não porque não queiramos que permaneçam mas porque os desígnios misteriosos da vida assim o ditaram.
ResponderEliminarBeijinhos*
Izzy
Chorar é libertador...
ResponderEliminarAté amanhã, Luis.
(Enquanto comentava aqui em baixo fui surpreendido pela tua playlist: "Hope there's Someone" do Antony!!! (que eu espero escutar e cantar na próxima segunda-feira!;)) Que maravilha! Que consolo para um dia estúpido, não é?
ResponderEliminarObrigado.) :)
Concordo com a Izzy!
ResponderEliminarE o poema foi bem escolhido!! Adoro os poemas de Fernando Pessoa..:))
Beijinho.
Izzy Mel - eu já nem choro pelos perdidos. Eu choro pelos que se estão a perder. Chora, acima de tudo, por poder menos, cada vez menos, confiar nas pessoas. Obrigado pelo comentário. Um Beijo!
ResponderEliminarDaniel (Lobinho) - se é! eu gosto de chorar. não me envergonho disso. E todos choramos. Nem que seja na calma do nosso espírito. A mágoa é o carpir da almar. Abraço
Luís P. - É um consolo enorme. A minha admiração pelas músicas (e génio e modo de ver o mundo) tem vindo a crescer. Vem a Braga dia 16 de Maio. Não consegui arranjar bilhetes. Fico à espera do próximo concerto. Abraço.
Marta - Fernando Pessoa (e acho que se nota) é dos poetas que mais amo (não digo admiro, porque é mais do que isso). É uma fonte de inspiração. Beijinho.
A reunião da APE-UFI poderá servir para libertar esse choro. :D
ResponderEliminarBeijo!
Adorei este post luis:D
ResponderEliminarbeijinhOo*
Viva!
ResponderEliminarEntão aqui vai um coment sem medo, sem receio e sem mais nada...
E a tua alma como é? Está aprisionada ou deixa-la voar?
Aprisionaram-te ou dão-te asas?
;-)