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Sabedoria Estéril

Não sei se é sol ou água.
Não sei.
Não sei se é Verão, Inverno ou Primavera.
Não sei.

Não sei se é mar ou vento.
Não sei. (Mas gosto).
Não sei se é metáfora, pleonasmo ou ironia.
Não sei. (Mas gosto).

Não sei se é jasmim ou lavanda.
Não sei. (Não sei.)
Não sei se é borboleta, dinossauro ou colibri.
Não sei. (Não sei.)

Não sei se é poesia ou prosa.
Não sei. (Aprendo.)
Não sei se é bruços, 'crawl' ou mariposa .
Não sei. (Aprendo.)

Não sei se rio ou choro.
Não sei. (Sei que sinto.)
Não sei se é adejo, desespero ou devaneio.
Não sei. (Sei que sinto).

Não sei…
Como?
Esquece,
Não sei.

Luís Gonçalves Ferreira
25/06/2006

Comentários

  1. Um poema bipolar (não sei será a palavra certa) para mim, pois parece um poema complexo, mas ao mesmo tempo muito simples.

    O que eu costumo dizer, completando essa famosa frase: "só sei que nada sei", e que nada saberei se nada souber. xD

    Gostei do poema ;)

    Beijinho Luís

    ResponderEliminar
  2. Tenho o meu HP há pouco mais de 1 ano e já me dá problemas praí à 5 meses!!...mas pode ter sido dos pequenos acidentes que já tive com ele..LOol

    Então, e sempre vais ter um Mac??...;)

    Beijinho..

    P.S.Giro o poema..:))Ando com uma vontade de saber tanta coisa!!

    ResponderEliminar
  3. Adorei Luis.
    Às vezes preferida não saber determinadas coisas...

    Beijinho

    ResponderEliminar
  4. E será que precisas realmente de saber?
    ass. uma Saramago

    ResponderEliminar
  5. Eu também não sei.
    E permanecerei assim, enquanto tiver forças para contrariar os dogmas.
    Gosto de não saber e empreender caminhadas a caminho da sabedoria que nunca o é. Gosto do caminho.
    Encontro-te por lá... ;)

    Beijo!

    ResponderEliminar
  6. Eu também não sei, mas tá LINDO. :)

    ResponderEliminar

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Tenho saudades de ser pequeno, livre e inocente. Sinto falta da irresponsabilidade de ser cândido e não saber nada sobre nada. Estou nostálgico em relação ao Luís que já existiu, foi, mas que não voltará a ver-se como se viu. Este corpo e alma que agora me compõem são reflexos profundos da minha história. O jeito de sorrir, abraçar e beijar reflectem os sorrisos, abraços e beijos que fui recebendo. Sinto falta do Luís que só sabia dizer mamã e Deus da má'jude . Sinto a ausência das pessoas que partiram e que naquele tempo estavam presentes. Sinto saudade de só gostar da mãe e de mais ninguém. Sinto saudades de sentir mais do que pensar. É um anseio que bate, mas nada resolve, porque apenas cansa a alma. A ausência corrói a alma e o espírito. É nestas alturas que penso que a Saudade e o fado são as maiores dores de alma que consigo ter. Provavelmente, sou mesmo um epicurista. Luís Gonçalves Ferreira

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