Avançar para o conteúdo principal

Agora são as pessoas

Há pessoas que me intrigam, porque não lhes topo muito bem o sentido das acções. Fazem e dizem coisas que, à partida, são inexplicáveis e completamente fora de contexto... São como flores que nascem no meio do cimento. Não há ali coerência nem mesura. É tudo desproporcional.

Pode ser que o tempo me permita visionar melhor o estado das coisas. Para já, estou confuso. Absolutamente confuso.

Um coisa é certa, eu cada vez percebo menos o ser humano. Começo a concordar com aqueles que dizem que os Homens são o grande mal desta parafernália a que chamam Mundo.

Sem mais,
Luís Gonçalves Ferreira

Comentários

  1. "O homem é o lobo do homem", dizia o Thomas Hobbes. Eu não poderia estar mais de acordo: com ele e contigo!

    Beijocas!

    ResponderEliminar
  2. AnAndrade - Desde que li o Leviatã, de Thomas Hobbes, comecei a aprofundar esta minha posição negativista sobre o Homem. Depois veio Santo Agostinho e Occam que ainda influenciaram mais estas posições. E depois veio a AnAndrade (ou seja, tu) que, num comentário a um post, disse qualquer coisa como: "Acredito que o Homem seja inatamente mau, basta olhar para a maldade das crianças". Depois vêm as pessoas que comprovam, pelo malfazejo sobrehumano e quotidiano, que o Homem consegue ser muito negro.
    Um Beijo!

    ResponderEliminar
  3. O Homem está maluco. Nós estamos malucos!
    As pessoas, na sua maioria, nunca foram um poço de bondade em tempo nenhum. Sempre existiram os escravizados, os mal-tratados, os roubados, os violados...Filhos que batem as pais, pais que batem em filhos, avós abandonados em lares, bebés no lixo, crianças violadas pelos tios, PELOS PAIS. Miúdas da minha idade a raptadas, obrigadas a fazer filmes pornográficos nojentos, com homens nojentos.

    Somos uns cães Luís, não duvides!

    Hoje não vai beijinho, vai um VIVA às pessoas que ainda sabem amar, ajudar, sobreviver no meio desta selva.

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Vá comenta! Sem medo. Sem receio. Com pré-conceitos, sal e pimenta!

Mensagens populares deste blogue

Aceitação do Prémio Lusitania História – História de Portugal Academia Portuguesa da História

Senhora Presidente da Academia Portuguesa da História, Professora Doutora Manuela Mendonça,  Senhores Membros do Conselho Académico, Senhoras e Senhores Académicos,  Senhor Dr. António Carlos Carvalho, representante da Lusitania Seguros, S.A., Ilustres Doadores,  Senhoras e Senhores,  Vestidos de Caridade, Vestidos de Fé, Vestidos de Serviço, Vestidos de Pátria.  São vários os nomes que podem ter os vestidos que, ao longo da História, foram oferecidos de ricos para os pobres, dos homens e mulheres para os deuses, dos senhores para os seus criados e criadas, de um país ou reino para o seu povo, do ser que não se é para o que se quer ser. Em todos eles há pedido, necessidade, dádiva, hierarquia e crepúsculo. A minha avó Júlia, costureira de ofício e filha de um armador de caixões, fez durante décadas roupas de “anjinho” que alugava nas festas e romarias do Minho. Miguel Torga, num de “Os Contos da Montanha”, referiu que nem o Coelho nem outro qualquer da aldeia o ...

Quietude

Tenho saudades de quando, no calor do tempo, caminhávamos de mãos dadas. Tenho saudades de sentir que as nossas almas eram uma só e que, mesmo por tornado, o castelo ficaria intacto. Lembro-me de como sorria a olhar para ti. Era genuína a forma de te contemplar. Hoje a ferida está aberta por de mais. Tudo me deixa triste, porque a margem de erro diminuiu de tanto ser usada (e abusada). Hoje são como farpas que entram na pele e ferem ainda mais. Não sei até que ponto isto continua viável. Como se a amizade se pudesse avaliar assim... Está tudo fora do sítio e, eu, quieto, continuo à tua espera. Luís Gonçalves Ferreira

Carta IV

Avó, como estás? Noutro dia, como sempre, fui ver-te ao local onde está a tua fotografia e umas frases iguais a tantas outras. Eram vermelhas, as tuas flores. Estava tudo bonito e arrumado. A tua nova casa, como sempre, estava tão fria. O dia está sempre frio quando te vou visitar lá, já reparaste? Espero que no céu seja tudo mais ameno e menos chuvoso. Tu merecias viver mais tempo, porque eras calma, serena e um porto seguro. Queria voltar a ser menino e ter-te novamente e dar-te tudo o que merecias de mim. Era muito pequeno para perceber como merecias mais carinho... Tenho saudades tuas, avó. Do teu colo. Do teu carinho. Da tua protecção e de quando ias comigo passear, à terça-feira. Fomos dois companheiros muito fortes, não fomos? Deixaste-me de responder... Não te oiço. Mas sinto-te. Sinto muito a tua falta, onde quer que estejas.  Tenho muitas saudades tuas. Muitas mesmo.  Até logo, nos sonhos, avó. É só lá que me consigo encontrar contigo e abraçar-te docemente. Luís...