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Às vezes...

Às vezes...
Às vezes és tudo o que eu não sei explicar.
Às vezes acontece tudo o que não quero.
Às vezes... Bem, às vezes... 
Às vezes perco-me em ti, 
Surdinamente, 
Como quem não pensa, por que 
Dói, fustiga, machuca, rompe e fere. 
Ai, meu amor!
Às vezes queria sussurar-te as minhas sensações, 
Ambições e dúvidas... 
Como queria que... 
Simplesmente largassemos tudo:
Os nossos desejos
E sonhos 
E fossemos subtraindo as inquietações.
Às vezes... 
Às vezes queria nem saber quem sou.
Às vezes...
Nem sei. 

por Luís Gonçalves Ferreira

Comentários

  1. Estive aqui ainda ontem, li, reli, ameacei comentar...

    Existe conflito ai? Existe uma vontade não realizada? Ou o que existe é um desabafo à quem se ama com talvez, até, uma declaração de amor? Te confesso que não consegui identificar se o relacionamento já existe ou não, mas me perdoa, ando mais lenta que de costume... rs.

    De certo é que são lindas palavras, e que amar é isso, é querer perto, nos momentos bons, de carinho, e nos momentos ruins, nas dúvidas que o mundo planta na vida da gente. O amor deve ser um porto seguro, um refúgio onde encontramos tranquilidade. Se não for assim, não vale a pena...

    Abraços, Luís!! E se eu disse palavras sem sentido, considere apenas que o teu post é lindíssimo, e que me identifiquei muito com ele!

    Abraços, meu amigo mais que querido.

    ResponderEliminar
  2. Simples e complexo mas, acima de tudo, muito bonito :)

    ResponderEliminar
  3. Muito bom, sim (:
    Beijinhos, Luís *

    ResponderEliminar
  4. Ei, Luís, não sei se você curte esse negócio de selinho, mas... Ganhei um e quis "repartí-lo" com você... Tá no meu blog.

    Abraços!

    ResponderEliminar
  5. Às vezes, por vezes e nada mais...
    Sem censuras, sem falsos-moralismos, sem culpar-se falsamente!


    Muito bom de se ler, muito bom de se saber ;)


    Forte abraço!

    ResponderEliminar

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Pensar mais do que sentir

Tenho saudades de ser pequeno, livre e inocente. Sinto falta da irresponsabilidade de ser cândido e não saber nada sobre nada. Estou nostálgico em relação ao Luís que já existiu, foi, mas que não voltará a ver-se como se viu. Este corpo e alma que agora me compõem são reflexos profundos da minha história. O jeito de sorrir, abraçar e beijar reflectem os sorrisos, abraços e beijos que fui recebendo. Sinto falta do Luís que só sabia dizer mamã e Deus da má'jude . Sinto a ausência das pessoas que partiram e que naquele tempo estavam presentes. Sinto saudade de só gostar da mãe e de mais ninguém. Sinto saudades de sentir mais do que pensar. É um anseio que bate, mas nada resolve, porque apenas cansa a alma. A ausência corrói a alma e o espírito. É nestas alturas que penso que a Saudade e o fado são as maiores dores de alma que consigo ter. Provavelmente, sou mesmo um epicurista. Luís Gonçalves Ferreira

Sem parágrafos

Por momentos  - loucos, é certo - esqueço-me de mim e sou capaz de amar. Amar sem parar, com direito às anulações, sofrimentos e despersonalizações que os amores parecem ter. Por momentos - curtos e fugazes - eu esqueço-me de mim e sou, inteiramente, completamente, antagonicamente teu. Entrego-me, como quem não espera um amor livre. Dou-me como quem sente que as minhas vísceras são as tuas entranhas. Abraço-te como quem encosta os corações, que outrora estavam frios, gelados e nus. Aproveita, meu amor, eu sou teu. Aproveita que estou louco e leva-me contigo, para sempre. Rapta-me o corpo, a mente e o descanso eterno deste insano coração. Corres, contudo, o sério risco de não me levares por inteiro. Prefiro trair o coração que a mente, amar a imagem do que viver intensamente a vida de outrem. Amor, querido e visceral amor, leva-me e mostra-me que existes. Não sei quantas horas tenho para cumprir esta promessa que fiz a mim mesmo. A memória irá voltar e corres risco de já não me acha...