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Nem sempre

Nem sempre...
O chuva é reconfortante;
Nem sempre...
O sorriso é feliz;
Nem sempre...
O choro entristece;
Nem sempre...
A paixão tem cor e a cólera dor;
Nem sempre...
O céu é luz e a noite uma treva que mata.

Nem sempre
Sou Teu e Tu és Minha.

Nem sempre...
A Flor nasce na Primavera
Ou o Sol queima no Verão;
Nem sempre...
O Outono é cinzento e uma transição.
Nem sempre sou quem sou. 
Nem sempre tudo é o que parece ser.
Nem sempre...

 Nem Sempre
Luís Gonçalves Ferreira

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Este blogue está a concurso, na categoria Pessoal, nos Super Blog Awars 2009/2010. Vota aqui.

Comentários

  1. Precisamos aprender a enxergar o que há por trás do obvio, por trás do que nos ensinaram, ou até mesmo nos obrigaram, a ver.

    Eu já votei em seu blog!

    :*

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  2. Já vi que não sou a única que está tristonha hoje. Belo poema. O único lado positivo disto é ganhar inspiração...Enfim.

    Beijinho, Luís. E boa sorte no Super Bock Blog Awards!

    ResponderEliminar
  3. Boa noite Luis

    Gostei tanto do texto,apesar de ser assim meio tristonho.Mas as vezes temos assim dias menos felizes,vê lá se te animas porque as pessoas ficam lindas é a sorrir mas quando estão tristes ficam mesmo fofinhas que até dá vontade de as abraçar,se calhar é disto que precisas.

    Beijinho querido *

    ResponderEliminar
  4. Gostei mesmo muito. Estava apenas curioso na forma como terminaria à medida que ia lendo ;)

    É bem verdade: nem sempre é noite mesmo que faça escuro nem sempre é dia mesmo que faça sol.

    Um grande abraço :)

    ResponderEliminar

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Tenho saudades de ser pequeno, livre e inocente. Sinto falta da irresponsabilidade de ser cândido e não saber nada sobre nada. Estou nostálgico em relação ao Luís que já existiu, foi, mas que não voltará a ver-se como se viu. Este corpo e alma que agora me compõem são reflexos profundos da minha história. O jeito de sorrir, abraçar e beijar reflectem os sorrisos, abraços e beijos que fui recebendo. Sinto falta do Luís que só sabia dizer mamã e Deus da má'jude . Sinto a ausência das pessoas que partiram e que naquele tempo estavam presentes. Sinto saudade de só gostar da mãe e de mais ninguém. Sinto saudades de sentir mais do que pensar. É um anseio que bate, mas nada resolve, porque apenas cansa a alma. A ausência corrói a alma e o espírito. É nestas alturas que penso que a Saudade e o fado são as maiores dores de alma que consigo ter. Provavelmente, sou mesmo um epicurista. Luís Gonçalves Ferreira

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