Análise
Tão ABSTRACTA é a ideia do teu serFernando Pessoa, 12-1911
Que me vem de te olhar, que, ao entreter
Os meus olhos nos teus, perco-os de vista,
E nada fica em meu olhar, e dista
Teu corpo do meu ver tão longemente,
E a ideia do teu ser fica tão rente
Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me
Sabendo que tu és, que, só por ter-me
Consciente de ti, nem a mim sinto.
E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto
A ilusão da sensação, e sonho,
Não te vendo, nem vendo, nem sabendo
Que te vejo, ou sequer que sou, risonho
Do interior crepúsculo tristonho
Em que sinto que sonho o que me sinto sendo.
Mais do que brilhante.
ResponderEliminarBonito Luis, para quem retirar dele o que ele esconde.
ResponderEliminarObrigada pelas "Boas-Vindas" (:
Um grande beijo e espero que a tua Pascoa tenha sido boa a minha foi o abitual, familia e uns pecados de chocolate pelo meio (;!
Pois, no meu caso não é por falta de tempo, é mesmo por falta de paciência. Enfim, isto recupera-se :p
ResponderEliminarBoa sorte com isso, hein!?
Beijinhos! *
Um escrutínio interior que, de tão indagador, se perde na procura de um sentido que não há. Um poema "silenciosamente" belo...
ResponderEliminarBelo poema....
ResponderEliminare belo também o novo aspecto deste teu tão agradável espaço!
Abraço*
:) sem palavras. mas com muitas emoções !
ResponderEliminarBeijo Luizinho :O