Nas páginas do livro da tua pele senti que estava, como nunca, muito perto das tuas memórias. Percebi que era teu, mas outros já o foram. E percebi, loucamente, que estavas só comigo, agora. Percorri-te, em descanso, como numa pausa de um suspiro... Senti que eras minha, num todo, por momentos. Foi perfeito por que a perfeição eras tu... Foi mágico, meu amor, porque a magia eras tu. Imaginei-te, vezes sem conta, nas páginas de outros livros que fui percorrendo com os dedos, com os olhos, com o coração... Senti, coração, que não te podia perder, porque era tudo muito forte. Estavas aí, junto de mim, com a pele junto da minha... com os olhos colados nos meus... O teu cheiro de lavanda. O teu perfume carmim que era o teu cabelo. Afaguei-te o peito, outrora só. Acariciei-te os sonhos como se fossem meus. Percebi-te como se me olhasse ao espelho. Entendi-te como se folheasse o livro... Eras um quadro, intocável, como os anéis de uma farta vitrina. Eras angelical, como as asas que te nasciam das palavras, leves, límpidas, com o a alma que carregava contigo. Estavas, para sempre, na janela do meu quarto, a escutar-me, a observar-me, a sentir-me. Dificilmente me desamarrarei de ti facilmente. Dificilmente serei de outro corpo e de outro espírito. Dificilmente serei feliz sem ti. E fui, calmamente, em mais um debater das folhas do livro da tua vida...
Luís Gonçalves Ferreira
Amei o que escreveste e a forma como me fizeste visualizar cada palavra.
ResponderEliminarBeijinhos* x')
Duas palavras U au :b
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