Confesso-te, nobre poeta que levitas dentro de mim, que não sei como te dirigir a palavra. A inconstância do corpo, da alma, do coração feito de pedra... Poeta, nobre ser, perdoa-me o erro de não escrever em teu nome. Poeta, belo ser, ajoelho-me perante ti, agora. O perdão brota-me de dentro para fora como quem chama pela inspiração. Poeta, incrível e estupendo ser, não se perdoo por te ter deixado partir, sinceramente. Eras a mágica instância de dentro de mim. Prometo, poeta que desapareceu, uma ressurreição poética, quase bíblica. É a tristeza, melancolia, saudade, que te irá restaurar dentro de mim. Poeta, acrónimo de mim, sinónimo do meu olhar, regressas-me às linhas pela mão errada... Não te consigo recusar entrada. Fecho os olhos e a tua adrelina quer voltar a mim.
Luís Gonçalves Ferreira
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