Faz silêncio, alma. Faz silêncio. Faz silêncio e ouve-te a ti mesma, nesta surdina louca. Faz silêncio, faz. Não mintas. Segue em frente, alma. Descola-te dos vícios. Sai-te do eixo confortável em que o teu barulho te permite a estar. Alma, reflexo do corpo, almofada das setas da consciência, deixa-te levar em ti. Fala e faz silêncio. Fala contigo. Alma, nobre ser sem ser, fala. Em silêncio. É isso que a alma faz ao corpo: fala-lhe em silêncio e eleva-o a um outro patamar existencial.
Tenho saudades de ser pequeno, livre e inocente. Sinto falta da irresponsabilidade de ser cândido e não saber nada sobre nada. Estou nostálgico em relação ao Luís que já existiu, foi, mas que não voltará a ver-se como se viu. Este corpo e alma que agora me compõem são reflexos profundos da minha história. O jeito de sorrir, abraçar e beijar reflectem os sorrisos, abraços e beijos que fui recebendo. Sinto falta do Luís que só sabia dizer mamã e Deus da má'jude . Sinto a ausência das pessoas que partiram e que naquele tempo estavam presentes. Sinto saudade de só gostar da mãe e de mais ninguém. Sinto saudades de sentir mais do que pensar. É um anseio que bate, mas nada resolve, porque apenas cansa a alma. A ausência corrói a alma e o espírito. É nestas alturas que penso que a Saudade e o fado são as maiores dores de alma que consigo ter. Provavelmente, sou mesmo um epicurista. Luís Gonçalves Ferreira
Dizes-se muito mais falando em silêncio.
ResponderEliminarGostei imenso do teu blog, continua :)
ResponderEliminarCães ou gatos? És tu quem decide em:
http://palavrasdechocolate.blogspot.com/2011/04/caes-ou-gatos-pros-e-contras.html
Visita e da a tua opinião sobre o assunto!
Como sempre, palavras que me encantam em tão poucas linhas Luís, palavras tuas ! Adoro! :)
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