Gosto de ver a paz nos olhos das pessoas e recordar as fotos nas quais eu via essa paz. Hoje não a tenho, por motivos vários. (Votei-me a queixar aqui, será sinal que regressei?) Baterei com os burros na água muitas vezes. Sofrerei outras tantas. E escreverei mais vezes, por ser aqui que me sinto livre. O "Facebook" tinha-me roubado essa liberdade. Outrora, teria escrito lá isto e pronto. A frase bonita terminava nos quatrocentos e vinte caracteres da ignóbil existência do prazer-fácil moderno. Mas não. Tenho-me devolvida a liberdade de ser quem eu sou, ou da pessoa que aqui cultivo. Só me liberto e dou aquilo que quero. Aquilo que pretendo. São as minhas inspirações, no fundo. A minha verdade. Escapei ao azar com uma sorte colossal. E é isso o mais importante: a sorte que nos oferece coisas. Andiamo. Tenho saudade de paz de espírito, mas tenho sorte. Dizem-me os metros ao poste e os milésimos de segundo sem nenhum carro na outra faixa de rodagem.
Luís Gonçalves Ferreira
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