Questionaria o porquê da auto-destruição, do desespero, daquele caminho errante. É cedo de mais para acordar e todos precisam do seu tempo. Do seu próprio tempo. Por egoísmo mimado, já o tentei controlar. Sei que não vale a pena. Dói. Continua a doer muito quando me cruzo com qualquer das recordações que se acumularam nas paredes, nos quartos, nos locais. Nem longe me abandonas. Nem longe me desapego. Dói um bocado, sabes. Aqui entre as costelas, ao lado do ódio acumulado e da mágoa que o grito surda. E do nojo.
Magoa ver a perdição e não poder fazer nada por isso. E isto é um ensinamento. Especialmente para mim, que sempre achei ser capaz de fazer de todas as vidas lugares de maior beleza. Cortaram-nos as asas. E sinto-me constantemente a tomar consciência de como é duro já não as ter.
Luís Gonçalves Ferreira
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