Saí da universidade, após mais um teste da nova-caminhada a que dei início, desde Outubro. O curso, até agora, tem existido basicamente contigo. Após cada vitória, eras tu a primeiríssima pessoa a quem ligava como era eu a primeira instância a que recorrias à saída do trabalho; ou até o depósito das inseguranças, das coisas diárias, e dos projetos. Foste tu a minha força, mas hoje foi diferente.
A jornada foi curta, ao contrário das coisas que nossas projetei. Criamos um compromisso de almas, de companheiros. Meio que nos sugávamos um ao outro: meio que de uma forma temida meio que de uma forma derradeira. Se calhar, meio que de uma forma natural.
Vim a correr para casa dos meus pais, e procurei a unidade mais básica do amor. Não queria voltar para aquela "minha casa" que és tu. Nem queria encontrar-te em todos os cantos para onde fosse ou olhasse. Não queria, enquanto fujo. Hoje não foi diferente.
Sobra-me a vergonha, a dor e uma espécie de anestesia que de tarde me fez pensar no fácil que poderia afinal ser. A noite chegou e trouxe-te na brisa.
Hoje começa mais uma etapa de solda e cicatrização, onde a memória mais antiga que tenho se encontra ao lado da tua, num processo ainda não fechado.
Hoje é dia um depois de ti. Que não seja muito o tempo que aí vem.
Luís Gonçalves Ferreira
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