Choras tu, Mãe Dolorosa, pelo filho perdido, morto e escarrado.
Choras tu, Mãe das Mães, pelo filho encontrado, abandonado e elevado;
Choras tu, Mãe das Dores, pelos milagres assistidos e as virtudes anunciadas.
Choras tu, de mãos abertas e desencontradas, com olhos desesperados procurando a ressurreição.
Choras tu, mãe do Mundo, nas sete setas cravadas no teu peito, uma perante outra; uma por entre a outra.
Aceitaste a profecia no templo; tomaste o medo no caminho para o Egito; desesperaste as ruas no caminho inocente ao templo; sujaste as mãos do sangue do Cristo pelo caminho ao Gólgota; morreste por dentro quando Ele morreu na cruz, entregando-te a João o Amado, sabendo-te, mesmo assim, eternamente sozinha; desesperaste por dentro quando o sentiste frio nos teus braços; sorriste de pranto quando Arimateia, o homem rico de Jerusalém, ofereceu um túmulo para o corpo vagabundo e chagado do Emanuel outrora fruto do teu ventre, agora mártir e profeta de todas os tempos.
À Virgem das Dores: a humanidade ajoelhada ao coração cheio e assunto aos céus em corpo e alma.
Nos teus olhos vejo, chorando, as mães de todo o mundo que, vendo os filhos partindo, ficam, sozinhas, à espera de consolação que tarda e muito falha.
És, assim, de roxo e azul, esperança.
Luís Gonçalves Ferreira
16 de agosto de 2016
Choras tu, Mãe das Mães, pelo filho encontrado, abandonado e elevado;
Choras tu, Mãe das Dores, pelos milagres assistidos e as virtudes anunciadas.
Choras tu, de mãos abertas e desencontradas, com olhos desesperados procurando a ressurreição.
Choras tu, mãe do Mundo, nas sete setas cravadas no teu peito, uma perante outra; uma por entre a outra.
Aceitaste a profecia no templo; tomaste o medo no caminho para o Egito; desesperaste as ruas no caminho inocente ao templo; sujaste as mãos do sangue do Cristo pelo caminho ao Gólgota; morreste por dentro quando Ele morreu na cruz, entregando-te a João o Amado, sabendo-te, mesmo assim, eternamente sozinha; desesperaste por dentro quando o sentiste frio nos teus braços; sorriste de pranto quando Arimateia, o homem rico de Jerusalém, ofereceu um túmulo para o corpo vagabundo e chagado do Emanuel outrora fruto do teu ventre, agora mártir e profeta de todas os tempos.
À Virgem das Dores: a humanidade ajoelhada ao coração cheio e assunto aos céus em corpo e alma.
Nos teus olhos vejo, chorando, as mães de todo o mundo que, vendo os filhos partindo, ficam, sozinhas, à espera de consolação que tarda e muito falha.
És, assim, de roxo e azul, esperança.
Luís Gonçalves Ferreira
16 de agosto de 2016
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