Quanto mais caminho mais me convenço que a doença do mundo ocidental é a falta de empatia. Não temos medo de morrer, de sofrer e de que o cuspe que lançamos ao ar nos caia na goela. Isso é perigoso: agimos sem limites de consciência e, neste egoísmo anónimo do digital, vamos perdendo a noção do que procuramos e dos lugares aos quais dedicamos do nosso esforço sentimental, por justiça e equidade.
Vejo-o da política à economia, no meio científico e académico, mas sobretudo nas relações humanas. Um ser humano sem empatia é um corpo emocionalmente abandonado. Somos, porquanto, estes cemitérios a céu aberto: laicos, científicos, racionais e frios... mármores de capital quadrada.
Comentários
Enviar um comentário
Vá comenta! Sem medo. Sem receio. Com pré-conceitos, sal e pimenta!