Coisas contra nós:
- Eu não sei inglês, nem consigo ter conversas contigo que ninguém perceba, dessa forma;
- Eu não sou perito em filmes, nem em séries, e não temos esse tema como assunto;
- Eu não tenho a tua cultura musical;
- Eu falo de mais;
- Eu gosto de política e moda; tu não;
- Eu não sou alto, nem tenho olhos claros, nem tenho a auto-estima que tu querias que tivesse;
- Eu não sou o arquétipo das masculinidade, como tu gostas;
- Eu não sou ele, como tu gostavas que eu fosse.
Coisas a nosso favor:
- Eu amo-te.
Luís Gonçalves Ferreira
Ps.: Escrito em 12 de março de 2013 e resgatado dos rascunhos em 2017. Há coisas bonitas na sua simplicidade. Esta é, por certo, uma delas. Lembro-me como era profundamente verdade, no sentidos dos meus sentimentos ao tempo. A respeito, é sempre bom recordar que o amor é um compromisso isolado cujas estórias se encadeiam nas do outro; dentro de essas narrativas o sucesso encontra-se nos pontos comuns, como quando cruzamos cores primárias para construir complexos padrões. É isso. O amor é complexo, porque é uma narrativa.
Ps. 2: das coisas que mais gosto no meu blogue é da secção dos rascunhos: do que optei por não publicar, ora por ser demasiado íntimo ou por não ser oportuno revelar ou por não estar suficientemente bom. em 2013 escrevi uma espécie de uma lista de coisas de prós e contras em função da relação que tentava erguer, ao tempo. há algo de muito belo na simplicidade. especialmente em peças como esta, que hoje retirei dos rascunhos, no sentido de produzir uma reflexão pessoal sobre as "estórias" que vamos construindo com o outro (e em relação a ele). o amor é uma construção íntima e tem uma dimensão unilateral fundamental; instância narrativa, criativa e algo livre. o sucesso talvez dependa da capacidade de se transpor dessa circunstância privada para uma dimensão pública. há relações que crescem, vingam e terminam sem amadurecer esse culto do espelho, da imagem, do outro. o verbo é um compromisso e falar deixa-nos com as fortalezas a céu-aberto. chamei-lhe amor em 2013 e, de propósito, coloquei entre parêntesis rectos.
Luís Gonçalves Ferreira
Ps.: Escrito em 12 de março de 2013 e resgatado dos rascunhos em 2017. Há coisas bonitas na sua simplicidade. Esta é, por certo, uma delas. Lembro-me como era profundamente verdade, no sentidos dos meus sentimentos ao tempo. A respeito, é sempre bom recordar que o amor é um compromisso isolado cujas estórias se encadeiam nas do outro; dentro de essas narrativas o sucesso encontra-se nos pontos comuns, como quando cruzamos cores primárias para construir complexos padrões. É isso. O amor é complexo, porque é uma narrativa.
Ps. 2: das coisas que mais gosto no meu blogue é da secção dos rascunhos: do que optei por não publicar, ora por ser demasiado íntimo ou por não ser oportuno revelar ou por não estar suficientemente bom. em 2013 escrevi uma espécie de uma lista de coisas de prós e contras em função da relação que tentava erguer, ao tempo. há algo de muito belo na simplicidade. especialmente em peças como esta, que hoje retirei dos rascunhos, no sentido de produzir uma reflexão pessoal sobre as "estórias" que vamos construindo com o outro (e em relação a ele). o amor é uma construção íntima e tem uma dimensão unilateral fundamental; instância narrativa, criativa e algo livre. o sucesso talvez dependa da capacidade de se transpor dessa circunstância privada para uma dimensão pública. há relações que crescem, vingam e terminam sem amadurecer esse culto do espelho, da imagem, do outro. o verbo é um compromisso e falar deixa-nos com as fortalezas a céu-aberto. chamei-lhe amor em 2013 e, de propósito, coloquei entre parêntesis rectos.
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