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Sobre a polémica do diz-que-diz acerca do Conan

O Conan diz que partiu o telemóvel a tentar ligar para o céu e a Luciana Abreu fez uma música com a Gretchen em que o playback estava muito mal feito. Entretanto, sonhei com o Carlos Paião a cantar quando cai a noite na cidade da Anabela. O Paião tinha umas roupas muito coloridas em poliéster ou nylon; não consegui distinguir. Acordei a gargalhar-me; foi divertido. A Turquia, a China e a Rússia dizem que "sim, senhor" o Maduro é um gajo fixe e os países ditos "civilizados" dizem "não, senhor" é um ditador e existe uma assembleia legítima que deve ser respeitada. O voto do povo, cá como lá, serve para o que tem de servir; não importa quantos morrem à fome ou dormem ao frio. Sobra sempre um naco de carne sul americana para comer em Istambul. O engraçado é que a China se chama de República Democrática e o Bolívar, que dizem ter sido um gajo fixe, deve andar às voltas no caixão nas pausas das suecas. Ainda dizem mal do brioche da Maria Antonieta. Hoje diríamos que a culpa é do politicamente correto. Quanta diferença fizeram as guilhotinas e o contrato social do Rosseau num mundo que fala sempre sobre as mesmas coisas com nomes diferentes?

Escrito em 24 de janeiro de 2019

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