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Sobre a polémica do diz-que-diz acerca do Conan

O Conan diz que partiu o telemóvel a tentar ligar para o céu e a Luciana Abreu fez uma música com a Gretchen em que o playback estava muito mal feito. Entretanto, sonhei com o Carlos Paião a cantar quando cai a noite na cidade da Anabela. O Paião tinha umas roupas muito coloridas em poliéster ou nylon; não consegui distinguir. Acordei a gargalhar-me; foi divertido. A Turquia, a China e a Rússia dizem que "sim, senhor" o Maduro é um gajo fixe e os países ditos "civilizados" dizem "não, senhor" é um ditador e existe uma assembleia legítima que deve ser respeitada. O voto do povo, cá como lá, serve para o que tem de servir; não importa quantos morrem à fome ou dormem ao frio. Sobra sempre um naco de carne sul americana para comer em Istambul. O engraçado é que a China se chama de República Democrática e o Bolívar, que dizem ter sido um gajo fixe, deve andar às voltas no caixão nas pausas das suecas. Ainda dizem mal do brioche da Maria Antonieta. Hoje diríamos que a culpa é do politicamente correto. Quanta diferença fizeram as guilhotinas e o contrato social do Rosseau num mundo que fala sempre sobre as mesmas coisas com nomes diferentes?

Escrito em 24 de janeiro de 2019

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Pensar mais do que sentir

Tenho saudades de ser pequeno, livre e inocente. Sinto falta da irresponsabilidade de ser cândido e não saber nada sobre nada. Estou nostálgico em relação ao Luís que já existiu, foi, mas que não voltará a ver-se como se viu. Este corpo e alma que agora me compõem são reflexos profundos da minha história. O jeito de sorrir, abraçar e beijar reflectem os sorrisos, abraços e beijos que fui recebendo. Sinto falta do Luís que só sabia dizer mamã e Deus da má'jude . Sinto a ausência das pessoas que partiram e que naquele tempo estavam presentes. Sinto saudade de só gostar da mãe e de mais ninguém. Sinto saudades de sentir mais do que pensar. É um anseio que bate, mas nada resolve, porque apenas cansa a alma. A ausência corrói a alma e o espírito. É nestas alturas que penso que a Saudade e o fado são as maiores dores de alma que consigo ter. Provavelmente, sou mesmo um epicurista. Luís Gonçalves Ferreira

Sem parágrafos

Por momentos  - loucos, é certo - esqueço-me de mim e sou capaz de amar. Amar sem parar, com direito às anulações, sofrimentos e despersonalizações que os amores parecem ter. Por momentos - curtos e fugazes - eu esqueço-me de mim e sou, inteiramente, completamente, antagonicamente teu. Entrego-me, como quem não espera um amor livre. Dou-me como quem sente que as minhas vísceras são as tuas entranhas. Abraço-te como quem encosta os corações, que outrora estavam frios, gelados e nus. Aproveita, meu amor, eu sou teu. Aproveita que estou louco e leva-me contigo, para sempre. Rapta-me o corpo, a mente e o descanso eterno deste insano coração. Corres, contudo, o sério risco de não me levares por inteiro. Prefiro trair o coração que a mente, amar a imagem do que viver intensamente a vida de outrem. Amor, querido e visceral amor, leva-me e mostra-me que existes. Não sei quantas horas tenho para cumprir esta promessa que fiz a mim mesmo. A memória irá voltar e corres risco de já não me acha...