Ontem escrevia que o mundo é uma gruta e que isso me emocionava. Tive a mesma sensação no Gesù, em Roma, quando pensei que o ser humano era capaz de executar peças muito belas, que nos encostam a barriga aos rins; perguntei-me, na altura, como era possível que esse mesmo ser humano, que desenha e executa obras magistrais, partilhasse o palco com outros seres da mesma espécie, mas capazes das maiores atrocidades...
Agredir, violentar ou matar a pessoa que vive na mesma casa que nós, e que connosco partilha um projeto de vida, é das coisas mais grotescas e inumanas; é como ferrar os olhos que choram pelas nossas dores. O ser humano é uma gruta onde acontecem das coisas mais estranhas.
É isto e é uma tristeza.
Luís Gonçalves Ferreira
Publicado no Facebook em 19 de setembro de 2019
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