Apetece-me escrever, mas simultaneamente não me apetece fazer coisa nenhuma. Esta divisão intelectual entre o querer e o fazer anda-me a moer o juízo em migas finas. É um desconhecimento enorme de mim mesmo. No fundo, é uma falta de identidade gerando uma outra identidade. É o crescimento: Incrível; bestial. E agora, quando isto não tem retorno (e este texto não tem lógica), não há nada a fazer. Aceitação e encaminhamento. É disto que vou ter de me fazer. E é por isto que forço a escrita: Faz-me bem e serve-me de auto-reconhecimento. Luís Gonçalves Ferreira