A morte é uma instância vagabunda de triste e forte. Sinto-a por todos os lados. E serpenteia-me a cabeça. E deixa-me abalado. Se eu morresse hoje não sei como seria, sinceramente. Como lidaria com a situação sendo um pobre espírito. Como veria os meus familiares tristes. E como saberiam os amigos da minha partida. Hoje, aos tantos de Julho, apeteceu-me fazer uma lista de pessoas a avisar aquando da minha partida. As minhas dores de cabeça estão cada vez mais forte e... tenho medo de morrer. Sinceramente, tenho-o. Não por mim, porque seria mais uma linha, mas pela minha mãe, pai, irmãs, o amor que se foi, restantes familiares e todos os amigos que colecciono e são raridades. Queria dizer, aqui e agora, que a morte é puta e fraca e má. E... ninguém merece conviver com ela de perto. Tenho medo de morrer. Mas sempre tive. E tenho medo de partir sem dizer tudo o que deve ser dito e fazer tudo o que deve ser feito, como disse António Feio. Sem mais, Luís Gonçalves Ferreira