Pedi aos Deuses uma fórmula. Deram-me uma centena delas. Implorei ao Homem um sentimento perfeito. Não me soube mostrar nenhum. A certa altura percebi os que oram e os que colocam os olhos no céu. Todos sabem que daquele paradoxo mudo pouco ou nada virá. Há credo. Ele é a roldana o oleada duma engrenagem qualquer. O Destino tem destas coisas. Depois, só para confundir, criaram essa "coisa" que é o livre-arbítrio. Nem sei no que posso acreditar. Sei que no Firmamento haverá sempre algo. Estrelas. Sol. Nuvens. Luz. Céu. Trevas. Lua. Escuro. Constelações. Amores perfeitos. Traições ocultas. Levito na ignorância. Ganho folgo naquilo que me habilita a saber nada no meio de um Universo denso. Luís Gonçalves Ferreira* * Ando a escrever coisas com as quais o Luís Gonçalves Ferreira não se identifica. Preciso de um heterónimo, com urgência por favor!